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"Não há risco nenhum, o Enem está mantido", diz diretora do Inep após polícia identificar grupo que planejava fraude
Luana Bergmann Soares, diretora de avaliação da educação básica do Inep, tirou dúvidas sobre o Enem durante programa ao vivo
Da Redação do Diamante Online
31/10/2017 às 10:36 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21
A diretora de avaliação da educação básica do Inep, Luana Bergmann Soares, disse durante programa ao vivo exibido no G1, nesta segunda-feira (30), que os participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) podem ficar tranquilos, pois a prova está mantida.
O exame será aplicado nos dias 5 e 12 de novembro em todo o país. O G1 fará a correção ao vivo das provas logo após a aplicação. O gabarito oficial só será divulgado pelo Ministério da Educação no dia 16 de novembro.
"Não há risco nenhum, a prova está mantida, os participantes podem ficar calmos", disse Luana.
Um grupo suspeito de fraudar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2016 planejava fazer o mesmo neste ano, segundo a Polícia Civil de Goiás.
O delegado Rômulo Figueiredo afirmou à TV Anhanguera que este grupo tentou fraudar outros concursos. “Em alguns casos tem êxito, em outros não. Antecipamos a operação para esta semana visto que estavam planejando, via ponto eletrônico, fraudar o Enem 2017", disse delegado Rômulo Figueiredo.
A Operação Portas Fechadas, da Polícia Civil de Goiás, é realizada paralelamente com a Operação Panoptes, da PC do Distrito Federal. Juntas, as ações cumprem 15 mandados em Brasília e 18 em Goiânia contra suspeitos de liderar a chamada "Máfia dos Concursos".
Em nota, a assessoria de imprensa do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo Enem, informou que o órgão "não foi notificado e está buscando acesso ao inquérito para poder se manifestar".
Redação e direitos humanos
Luana Bergmann afirmou que o ministério ainda não foi notificado oficialmente sobre a decisão da Justiça Federal que o impede de dar nota zero às redações que desrespeitarem os direitos humanos.
Apesar de o julgamento do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) ter decidido suspender uma parte específica do edital na semana passada, ele não mexeu nas regras que definem as cinco competências exigidas na redação. A competência 5, portanto, segue igual, e diz que o estudante deve "elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos".
"Ainda não fomos notificados oficialmente, mas isso nos preocupa muito sobre a mensagem que passa. O Enem desde 1998 orienta os participantes a respeitarem os direitos humanos até porque este é um dispositivo claro da Constituição", afirma.
No entanto, a diretora afirmou que nenhuma redação que desrespeitar os direitos humanos não vai levar nota mil. "Propor um assassinato ou uma chacina, por exemplo, não é algo tolerável em um texto que seleciona um candidato para entrar na universidade pública ou privada."
Nova aplicação, caso necessário
Segundo Luana, o MEC tem com um dos parceiros o Inmetro que vai informar condições climáticas do país, e se haverá, por exemplo, previsão de muita chuva em determinado local. Caso haja problemas que impossibilitem a aplicação da prova, segundo a diretora, haverá possibilidade para uma nova aplicação.
"Olhamos para um plano B, sempre temos planos de contigência. Se houver necessidade de nova aplicação, estaremos preparados."
A diretora lembrou que além das instituições brasileiras, 27 universidades portuguesas já usam o Enem como sistema para selecionar os candidatos.
G1BR
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