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Diamante

O caminho que dava ao sítio sabonete entre os anos de 1975-1980

Memórias de Chico Pegado – Diamante (PB)

Da Redação do Diamante Online

10/03/2016 às 01:38 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

Lembro muito bem em minhas memórias quando íamos no fim de semana visitar o nosso avô materno Zequinha Abílio no sítio sabonete na época de Inverno. Morávamos na Rua Torta (Rua Abílio Sérvulo de Sousa) e tínhamos duas opções para chegar ao Sabonete: ou pegávamos por dentro das roças, atravessando vários "passadores" sobre as cercas ou íamos pela estrada que iniciava ao lado do cemitério público da cidade.

Pegando a estrada de barro ao lado do cemitério (Figura 01 e 02) nos deparávamos com um corredor de mata fechada de Avelós. E o curioso e que levávamos a sério as recomendações de nossa Mãe que falava: - "Quando for passar pelos avelós não olhem pra cima, pois o leite da planta pode cegar". Ao longo estrada, ou também, "corredor do Sabonete", observávamos muitos pés de Munfubos; Melões de São Caetano (que adorávamos coletar e brincar dizendo que eram as galinhas com seus ovos); cercas vivas de Palmas; muitos pés de Muçambê floridos; algumas roças com Milho já embonecando ou com espigas para serem coletadas para fazer uma boa pamonha ou canjica, além de cozinhar e assar em fogueiras a noite; tinha um pé grande de Trapiá, Juazeiros, e ja perto do riacho Sabonete um pé enorme de Ingazeira e Pau-Ferro (Jucá).

Quando atravessávamos o riacho, com suas águas geladinha, algumas vezes com "água na altura dos peito", outras vezes "a nado" ou apenas com água "cobrindo os pés". Sentíamos o cheiro dos Marmeleiros floridos, ou até mesmo um pé de Goiabeira ou Catingueira. Logo depois de atravessar o riacho Sabonete tínhamos uma grande ladeira para subir, e as vezes cruzávamos com um carro de boi com seu barulho característico e que adorávamos. E após alguns metros mais a esquerda ficava a "casa grande" (Figura 02) onde morava nosso avô e mais abaixo o açude Sabonete onde nadávamos e pescávamos muito. Tempo bom e de uma época de inocência e felicidades.

Figura 01: Desenho esquemático sobre o caminho que dava ao sítio sabonete, entre as décadas de 1975 e 1980. (1. Cemitério público; 2. Mata de Avelóz; 3. Casa de João Marçal; 4. Riacho Sabonete; 5. Casa de Zequinha Abílio; 6. Casa de Adalto Abílio; 7. Casa de Joana Pegado; 8. "pés" de tamarino; 9. Casa do sítio de Cresciano Alves; 10. Açude Sabonete; 11. Casa onde morou Adalgiza. Fonte: Desenho elaborado por Mércia Pegado Abílio.


Figura 02: Fotografias demonstrativas referente ao desenho esquemático da figura 46. (5). Casa de Zequinha Abílio (foto de 2014); (6). Casa de Adalta Abílio; (7). Casa de Joana Pegado; (8). "pés" de tamarino; (11). Casa onde viveu Adalgiza; (9). Casa do sítio de Cresciano Alves; (10). Açude Sabonete.

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