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Economia

Retomada da economia brasileira tende a ser lenta, avaliam especialistas

Resultado do PIB, que em 2016 recuou 3,6%, mostra, segundo economistas, que a economia chegou enfim ao fundo do poço

Da Redação do Diamante Online

08/03/2017 às 12:25 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

O resultado do PIB, que em 2016 recuou 3,6%, mostra, segundo economistas, que a economia chegou enfim ao fundo do poço e experimentou o período mais agudo de sua crise. O caminho daqui para frente deve ser de recuperação, de acordo analistas.

Pela primeira vez desde o início da série histórica do IBGE, iniciada em 1996, todos os principais indicadores do PIB tiveram recuo. Houve queda no investimento (10,2%), na agropecuária (6,6%), no consumo das famílias (4,2%) e na indústria (3,8%).

A economia brasileira encolheu 0,9% no último trimestre do ano, contrariando previsões de analistas, que projetavam queda de 0,5%. A surpresa não foi suficiente, porém, para alterar as estimativas deste ano.

Há consenso no mercado de que a retomada deve começar até o segundo semestre, com o PIB fechando o ano com alta entre 0,5% e 1%.

A dúvida que resta ainda, contudo, é quanto à velocidade com que essa retomada poderá ocorrer.

Em 2016, o país viveu o impeachment da presidente Dilma Rousseff aliado à deterioração do mercado de trabalho. Teve ainda inflação alta resistente a despeito da queda da demanda e problemas com a safra agrícola por razões climáticas.

Em 2017, dizem os economistas, o país parece mais previsível: a inflação tem desacelerado, os juros estão caindo, a agricultura voltou aos trilhos e o governo de Michel Temer parece que conseguirá passar no parlamento as reformas prometidas.

A injeção de recursos na economia com a possibilidade de saque das contas inativas do FGTS e novas concessões de serviços públicos são fatores que alimentam expectativas.

Por outro lado, a instabilidade política e a operação Lava Jato colocam freios em previsões mais otimistas. Há ainda alguma dúvida sobre o desemprego e a retomada de investimentos no curto prazo.

Folha

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