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Aos 34 anos, Felipe Massa garante seguir faminto na F1: "Idade é número"

Em entrevista ao site oficial da Fórmula 1, brasileiro fala de motivação para sua 14ª temporada na categoria

Da Redação do Diamante Online

13/03/2016 às 18:37 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

“Estou muito faminto para ser forte e competitivo, para estar entre os melhores”. É com essa mentalidade que na próxima semana, quando começarem os treinos para o GP da Austrália, Felipe Massa acelerará para sua 14ª temporada como titular da Fórmula 1. Aos 34 anos, o brasileiro é um dos pilotos mais experientes do grid. Com contrato válido com a Williams até o fim do ano, o veterano ainda não sabe se tem lugar garantido no grid em 2017. Garantido é que sua vontade de correr não passará assim de uma hora para outra.

- Idade é número. Eu ainda quero ser competitivo, e os outros veem que sou. Se isso mudar um dia, se eu não sentir essa força mais, não sentir que eu possa fazer a diferença, aí é outro assunto. Mas não me sinto assim. Eu acredito que com as mudanças que estão pintando em 2017 eu posso ser alguém muito útil e realmente fazer a diferença – para a equipe que for, Williams ou outra – garantiu, em entrevista ao site oficial da Fórmula 1.
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Para defender seu “peixe”, Massa lembra do crescimento da Williams desde que chegou à equipe em 2014. Após oito anos como titular da Ferrari, o paulista foi o escolhido para liderar o projeto de reerguer a tradicional equipe inglesa. Com sua experiência, contribuiu não só no acerto dos carros, como também na reorganização interna do time. Resultado, a escuderia, que amargava oitavos e nonos lugares há anos, foi terceira no Mundial de Construtores nos dois últimos anos:

  • Basta olhar para trás e ver como a Williams estava em 2013 e como eles evoluíram. Não foi apenas o carro e o motor: a mentalidade do time evoluiu massivamente. Eu me coloco por trás disso 100%. Eu acredito que fui muito importante para esta mudança, e quero ser no futuro também.

Por falar em terceiro lugar, esta é a posição que Felipe Massa vê como realística para a Williams buscar em 2016. Ciente da superioridade de Mercedes e Ferrari, o brasileiro espera que seu time comece na frente de outras concorrentes e que não deixe a “peteca cair” durante o ano.

  • Soa como um bom objetivo. Mas nunca podemos esquecer que as equipes podem evoluir massivamente de uma temporada para a outra. Ferrari é o melhor exemplo. E a RBR e a McLaren também têm essa capacidade em termos de dinheiro e material humano. Claro que também temos a capacidade de evoluir, então é o início de uma temporada interessante. Nosso carro é muito promissor e fomos capazes de completar todo nosso programa e coletar uma boa quilometragem nos testes.

Na entrevista ao site da F1, Massa falou sobre outros pontos, confira os destaques:

F1: Tem alguma filosofia de sobrevivênciapara permanecer tanto tempo na F1?

Felipe Massa: O que faço não é exatamente uma filosofia de sobrevivência ou estratégia. Todo ano eu quero fazer melhor que a temporada passada, e esse é provavelmente o segredo que me mantém aqui. Quando olho para trás, admito que meu primeiro ano na F1 foi realmente sobre sobrevivência, muito, mas muito mais do que agora. Porque na época eu tinha que convencer as pessoas que eu tinha o que era necessário para estar aqui. Agora acho que todos sabem disso, e só quero fazer uma outa temporada melhor que eu puder. Você sempre espera que esta temporada vai ser a melhor da sua careira. Claro que você precisa ter um bom carro, uma boa equipe, um bom pacote, mas o “feeling” e a estratégia é a mesma no fim: sempre fazer melhor do que o ano anterior.

Ainda há o que aprender?

Você sempre aprende. Há sempre novos aspectos em uma pista, mesmo que você já tenha guiado nela tantas vezes. Talvez certo ponto da pista onde você sempre sofria está diferente agora e fica mais fácil, ou o clima joga a seu favor... Há sempre uma nova experiência. Ok, as regras não mudaram nesta temporada, mas há tantas coisas novas no carro... Os pneus estão diferentes de novo. Então fechar os olhos para as mudanças e parar de aprender não é uma boa dica para um piloto que quer seguir na F1!

A Ferrari cresceu muito durante 2015. Surpreso com essa evolução, devido à forma deles em 2014?

A Ferrari foi a equipe que mais evoluiu em 2015. E eu realmente acredito que eles podem evoluir mais. A Ferrari é, provavelmente, o time que pode desafiar a Mercedes no momento. Quando você vê de onde eles partiram no ano passado e o que fizeram nesses dois primeiros testes... Eu quase arriscaria uma aposta!

Qual foi o foco no desenvolvimento do carro da Williams para 2016?

Tivemos que evoluir nas curvas de baixa. Precisamos de mais pressão aerodinâmica e de um melhor balanço do carro na pista molhada. É nisso que estamos concentrados: fazer o carro colar mais no chão.

Há quatro pilotos com 34 anos ou mais no grid, incluindo você. Qual seu prazo na F1. Como o sucesso e os resultados contribuem para seu futuro?

Idade é um número. Eu ainda quero ser competitivo, e os outros veem que sou. Se isso muar um dia, se eu não sentir essa força mais, não sentir que eu possa fazer a diferença, aí é outro assunto. Mas não me sinto assim. Eu acredito que com as mudanças que estão pintando em 2017 eu posso ser alguém muito útil e realmente fazer a diferença – para qual time que for, Williams ou outro. Basta olhar para trás e ver como a Williams estava em 2013 e como eles evoluíram. Não foi apenas o carro e o motor: a mentalidade do time evoluiu massivamente. Eu me coloco por trás disso 100%. Eu acredito que fui muito importante para esta mudança, e quero ser no futuro também.

globoesporte.com

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