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Esportes

Fluminense goleia o Vasco por 3 a 0 no Campeonato Carioca

Este Flu, embora com uma maneira de atuar, também soube se adaptar ao confronto

Da Redação do Diamante Online

30/01/2017 às 11:18 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

O Fluminense não é apenas um time em formação, mas em evolução. Foi o que mostrou a contundente vitória sobre o Vasco por 3 a 0, domingo, no Nilton Santos, a estreia no Carioca. Na comparação com a partida diante do Criciúma, outro resultado positivo, esta pela Primeira Liga, o time de Abel Braga corrigiu falhas e reforçou virtudes. Orejuela, como único volante, esteve perfeito no posicionamento e no combate a Nenê, liberando Douglas a se aproximar dos armadores. E, com a volta de Gustavo Scarpa, a forma de jogar, de intensa troca de passes e lançamentos em diagonal, fez o Tricolor deslanchar.

Abelão conseguiu aperfeiçoar o 4-1-4-1 de uma partida a outra. No meio de semana, em Juiz de Fora, por alguns momentos, Orejuela e Douglas revezavam como primeiro marcador do meio. Nem por orientação do treinador, mas dada a característica dos jogadores. Pois o técnico fixou o equatoriano. Douglas teve liberdade para avançar e, com superioridade numérica e atletas de maior agilidade, o Flu comandou o setor. Quando o desgaste pesou, e o Vasco pressionou, especialmente na metade do segundo tempo, o comandante não se furtou a mexer: Luiz Fernando deu conta do recado ao ajudar a parar Nenê e Andrezinho.

- O rapaz deu show hoje. O Orejuela deu show de primeiro volante. Falei que não gostaria de usar o Douglas como primeiro volante, a não ser em situação de jogo. Eu tiraria 65% da capacidade dele. No segundo tempo, o Vasco deixou o paraguaio (Julio dos Santos) centralizado e adiantou o Andrezinho para a linha do Nenê. Tomei sufoco. Depois, coloquei o Luiz Fernando e adiantei o Douglas. E pararam de acontecer as jogadas perigosas deles. Ele foi muito bem ao cumprir o que foi pedido - comentou Abel.

Este Flu, embora com uma maneira de atuar, também soube se adaptar ao confronto. Na etapa inicial, construiu as jogadas desde a defesa. E foi mortal nos contragolpes, na segunda. Como não há um protagonista, a força é coletiva. Scarpa deu qualidade no passe e velocidade depois de voltar da Seleção (foi assim que serviu Marcos Junior). Sornoza acha espaços e tem drible. Wellington, um ótimo velocista, conseguiu ser efetivo com o gol. Sem falar em Henrique Dourado - não só pela bola na rede, mas por começar a marcação e impedir o adversário de sair jogando. Passou no teste de um clássico.

- Não falo espanhol, mas a gente tenta se virar no treino. A movimentação do Sornoza é bem parecida com a minha, mas a gente tem se entendido muito bem. Um vai, o outro, fecha. Se um fecha, o outro, abre. Deu certo - contou Scarpa.

Claro que nem tudo foi perfeito. Se não tomou gol, o Flu viu Diego Cavalieri trabalhar no começo do jogo e na metade do segundo tempo. Foi quando Abel precisou mudar. Sornoza tinha de recuar e acompanhar Andrezinho, que havia avançado de posicionamento. Não conseguiu fazê-lo sempre. Renato Chaves evoluiu, mas o sistema defensivo ainda deu chance em jogadas de bola parada - Luan quase abriu o placar de cabeça, após escanteio. Algo normal em começo de ano, reconhecido por Abel.
O Flu volta a campo, quarta-feira, em Moça Bonita, diante do Resende. Mais uma prova para referendar uma ideia de jogo, de um time jovem, que trabalha a bola e joga em velocidade.

globoesporte.com

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