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Jornalistas estrangeiros dizem que crise política parece roteiro de novela

Para alguns jornalistas as negociações em Brasília lembram um roteiro de novela.

Da Redação do Diamante Online

18/04/2016 às 15:28 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

Os correspondentes internacionais narraram para o Bom Dia Brasil a dificuldade em explicar as forças políticas envolvida na crise que atinge o governo da presidente Dilma Rousseff. Para alguns jornalistas as negociações em Brasília lembram um roteiro de novela.

Cinquenta e dois jornais, rádios e TVs de 21 países do mundo estão na capital federal para acompanhar o desfecho da crise que pode incluir o afastamento da presidente. No domingo, a Câmara dos Deputados aprovou a autorização para ter prosseguimento no Senado o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff em uma sessão que durou quase 10 horas.

Na tentativa de traduzir essa história que tem personagens que deixam os estrangeiros intrigados. “Para os estrangeiros parece uma telenovela, parece absurdo”, declarou Jan Piotrowski, da Revista The Economist.

Eleonora Gosman , correspondente do argentino Clarín, também descreve o cenário político do brasil como um roteiro de novela. “É uma telenovela. Todo mundo acha isso. Você fica olhando e fala: mas eu falei outra coisa faz um dia e agora acontece isso? Eu não tinha pensado que isso poderia acontecer.”

O embate atrai muita audiência para os jornais dos EUA, que têm o maior número de correspondentes: nove jornais, revistas e TVs estão em Brasília.

John Lyons, repórter do The Wall Street Journal, um dos mais lidos dos Estados Unidos, conta que o Brasil tem chamado a atenção do público no estrangeiro. “Estou recebendo muitos e-mails, muitas ligações depois de cada matéria. Um nível surpreendente, na verdade, não só dos leitores, mas dos meus chefes em New York também, que realmente querem entender essa história do Brasil”, declarou ao Bom Dia Brasil.

Shasta Darlington, da CNN, diz que pede ajuda para analista político e advogados. “Nosso trabalho não é tomar uma posição [e dizer]: errou ou não errou. Fez algo ilegal ou não fez. O que queremos fazer é entender os argumentos de todos os lados”, afirmou.

“Acho que essa é a maior história eu tenho acompanhado. Nesse momento, eu te diria que é a maior história do mundo e muita gente está olhando. O Brasil não é só o maior país da américa Latina é também uma das maiores economias do mundo”, afirmou o correspondente da agência Reuters Alonso Soto.

Antonio Jiménez, do espanhol El País, encontrar uma solução para o problema é um grande desafio. “A chave de tudo é esse número imenso de partidos. É uma coisa que a Espanha, a França, Portugal e a Alemanha não têm. Assim é muito difícil fazer política”, observou.

G1

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