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Paraíba

Escorpiões fazem sete vítimas por dia na Paraíba

Epidemia nas cidades está relacionada à falta de saneamento e infra-estrutrua e ao desequilíbrio ambiental. Informação e cuidados podem evitar acidentes

Da Redação do Diamante Online

25/02/2016 às 16:03 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

O Centro de Assistência Toxicológica da Paraíba (Ceatox) registrou 1.914 atendimentos em 2015, em João Pessoa, e 92,7% foram de pessoas picadas por escorpiões. Em Campina Grande, foram 1.009 casos, sendo 736 vítimas de escorpiões. Mas, esse número pode ser maior, pois os dados ainda não foram fechados e muita gente também não procura assistência especializada.

No interior, as serpentes ficaram em segundo lugar no ranking dos animais que mais causam acidentes: 160 ocorrências. Em seguida, vem os himenópteros (abelha, vespa e maribondos), responsáveis por 89 casos. As aranhas tiveram 24 casos.

“A epidemia de escorpiões tem relação direta com a alteração da vegetação em todos os centros urbanos do Brasil e ao aquecimento do clima, se comparado há dois anos. Isso facilita a reprodução. Ele se adapta ao ambiente urbano, se reproduz em lugares úmidos e escuros, como entulhos, telhas, tijolos, construções e lixo”, revelou a enfermeira do Ceatox em Campina, Mayrla Coutinho.

Hemerson Iury Magalhães, coordenador do Ceatox, na Capital, observou que a presença de escorpiões vem aumentando nos últimos três anos. “Além da questão do lixo, há a ocupação de áreas com o crescimento imobiliário. Eles procuram as áreas habitadas”, destacou.

Ele afirmou que Mangabeira, Valentina e José Américo são os que registram mais casos de picadas. Áreas com lixo são mais favoráveis. “Os entulhos atraem insetos que servem de alimento, a exemplo de baratas”, explicou.

O escorpião amarelo tem atividade mais intensa no estado, mas não causa problemas graves. Porém, as reações dependem muito do organismo de cada pessoa. O soro só é aplicado quando há alteração de moderada a grave. Ele explicou que, se puder capturar, é interessante para que o Ceatox possa identificar a espécie.

Jornal da Paraiba

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