Paraíba
Médica de Campina Grande vai ao Senado debater sobre microcefalia
A especialista relatou o drama das mães de bebês com microcefalia e lembrou que, além de cuidados médicos, eles precisam de cuidados no campo social.
Da Redação do Diamante Online
25/02/2016 às 20:45 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21
A médica Adriana Melo, do Isea de Campina Grande, a primeira profissional no Brasil a estabelecer a relação entre a Zika e a microcefalia no Brasil, informou que a ultrassonografia durante a gravidez é um eficiente meio de detectar o problema. Por isso, ela defendeu a melhoria da qualidade dos equipamentos e a capacitação dos profissionais.
A ginecologista e obstetra, cuja atuação já foi objeto de notícias em várias publicações internacionais, foi uma das convidadas da sessão temática realizada na manhã desta quinta-feira (25) no Plenário do Senado para tratar do assunto.
— Em caso de dúvida, o diagnóstico é feito pela ultrassonografia durante a gestação. É possível fazer, mas tem que melhorar qualidade dos aparelhos e capacitar o pessoal. São coisas simples e que barateiam muito a assistência aos pacientes — alertou.
A especialista relatou o drama das mães de bebês com microcefalia e lembrou que, além de cuidados médicos, eles precisam de cuidados no campo social.
— Há muitas mães carentes e outras que foram abandonadas pelos maridos. A maioria não tem condições de cuidar de suas crianças —Médica do ISEA de Campina Grande fala sobre microcefalia no Senado lamentou.
A médica relatou sua experiência que a permitiu associar vírus Zika à microcefalia e apresentou exames e detalhes técnicos sobre a enfermidade.
Adriana Melo defendeu ainda que as autoridades de saúde brasileira reforcem a orientação aos infectados pelo zika para que fiquem em casa.
— Muitas pessoas que estão doentes vão trabalhar. Tem que pensar nessa orientação. Em caso de doença, essas pessoas têm que ser estimuladas a ficar em casa. Na Europa, por exemplo, uma pessoa gripada é aconselhada a ficar em casa para não passar o vírus adiante.
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