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Paraíba

Paraíba registra 25 mortes por Aids no primeiro trimestre deste ano

Primeiro óbito no Estado foi registrado em 1985. Maioria das mortes foi registrada em João Pessoa, Campina Grande, Santa Rita, Bayeux e Cabedelo

Da Redação do Diamante Online

24/05/2016 às 16:10 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

Considerada uma doença silenciosa e sem apresentar sintomas, a Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), causada pelo vírus HIV, destrói as defesas do organismo, e se não tratada corretamente e de forma precoce, pode levar à morte. Somente no primeiro trimestre deste ano, 25 pessoas morreram por Aids, segundo informações da Secretaria de Estado da Saúde, 37,5% a menos em relação ao mesmo período de 2015, que registrou 40 óbitos. O primeiro registro de morte na Paraíba foi em 1985.

Luan Pereira (nome fictício), 45 anos, é portador do vírus HIV há cinco anos, mas demorou para encarar o tratamento, pois não aceitava o diagnóstico da doença. “Inicialmente comecei a perder muito peso e não entendia o que podia ser, mas tinha uma suspeita já. Depois de alguns meses procurei o médico e recebi o pior diagnóstico da minha vida. No início foi muito difícil para encarar a família e amigos, mas hoje consigo ter uma vida normal e saudável”, ressaltou.

Desde o registro da primeira morte por Aids na Paraíba, o Estado já contabilizou 2.190 óbitos. Dados fazem parte do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde. Como o SIM só registra números referentes ao período de 1985 a 2014, por município, a maioria dos óbitos foi registrada em João Pessoa (473), Campina Grande (236), Santa Rita (97), Bayeux (79) e Cabedelo (67).

A chefe do Núcleo de DST/Aids do Estado, Joanna Ramalho, lembrou que assim que o portador de HIV receber o diagnóstico ele pode procurar os Serviços de Assistência Especializada (SAE), que são sete no Estado e se localizam em João Pessoa, Cabedelo, Santa Rita, Campina Grande e Patos. Além dos hospitais, que são referência no tratamento, Como o Hospital Universitário Lauro Wanderley, na capital, e Hospital Universitário Alcides Carneiro, em Campina Grande.

Notificação

A Paraíba registrou o primeiro caso de Aids em 1985, em João Pessoa, sendo uma pessoa do sexo masculino. Desse período até 2015 foram notificados na Paraíba 6.958 casos da doença, a maioria deles em João Pessoa (2.840) e Campina Grande (1.117), sendo os homens os mais atingidos. O Ministério da Saúde (MS) alerta que receber o diagnóstico da doença não impede os soropositivos de levarem uma rotina normal, sem abandonar a sua vida afetiva e social. As pessoas com HIV podem viver muitos anos sem desenvolver a Aids, entretanto, a prevenção é essencial, já que o vírus pode ser transmitido por relações sexuais desprotegidas, seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e amamentação, conforme informou o MS.

Óbitos por Aids

Em 2015                                                     Em 2016

Janeiro - 15 óbitos                                      Janeiro - 11 óbitos
Fevereiro - 16 óbitos                                  Fevereiro - 5 óbitos
Março - 9 óbitos                                          Março - 9 óbitos
Abril - 14 óbitos
Maio - 13 óbitos
Junho - 16 óbitos
Julho - 12 óbitos
Agosto - 14 óbitos
Setembro - 14 óbitos
Outubro - 14 óbitos
Novembro - 11 óbitos
Dezembro - 13 óbitos

Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba

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