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Paraíba

MPF investiga enriquecimento ilícito através do São João de Patos

Estão sendo ouvidas cinco pessoas suspeitas de envolvimento no caso e também estão sendo coletados documentos na sede da Prefeitura de Patos

Da Redação do Diamante Online

21/07/2016 às 17:00 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

O Ministério Público Federal (MPF) está realizando na cidade de Patos, no Sertão do estado, uma investigação para apurar enriquecimento ilícito na realização do São João da cidade. Estão sendo ouvidas cinco pessoas suspeitas de envolvimento no caso e também estão sendo coletados documentos na sede da Prefeitura de Patos, nas sedes da empresa Área Badalada Eventos e em três residências de investigados, todas localizadas no município, de acordo com o MPF.

O objetivo do MPF é a coleta de provas sobre um esquema ilícito montado nas execuções do São João de Patos em 2014, 2015 e 2016, assim como de enriquecimento ilícito de investigados que se beneficiaram a partir de apropriação de recursos captados em patrocínios do evento.

Estão sendo ouvidos Ilanna Araújo Motta, Meryclis DMedeiros Batista, Wescley Barbosa Lima, Joseilson Felipe da Silva e Wadi de Andrade Barros.

De acordo com o que foi investigado até o momento, há fortes indícios que a Prefeitura de Patos contratou a empresa de eventos Área Badalada, de propriedade do filho do secretário de Agricultura do município, por meio de uma licitação direcionada.

Ao que tudo indica, a empresa foi utilizada para angariar recursos de patrocínio para custear o evento São João de Patos e várias outras atrações juninas a cargo do município. As irregularidades, segundo apontam as investigações, objetivaram não só executar o evento com recursos de empresas públicas federais e de particulares, mas também a apropriação dos valores de patrocínio, enriquecendo ilicitamente os investigados envolvidos.

Entre os principais patrocinadores do evento estaria a empresa Friboi, do grupo JBS, que teria desembolsado altos valores para bancar o São João de Patos 2015.

Os fatos, apurados pelo MPF no Inquérito Civil nº 1.24.003.000131/2015-64, são derivados do encontro fortuito de provas que compõem o volume gigante de dados obtidos na Operação Desumanidade e foram compartilhados com as instâncias competentes para apurá-los, no caso, a primeira instância. São fatos laterais e sobre eles não há sigilo judicial referente à atuação da Justiça de primeiro grau, conforme ocorreu com ação de improbidade ajuizada recentemente, envolvendo gestores de municípios de Patos e São José de Espinharas.

ClickPB

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