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Paraíba

Central de Transplante organiza palestra sobre doação de órgãos em parceria com a Energisa

Os órgãos doados que vão para pacientes que necessitam de um transplante e já estão aguardando em lista única

Da Redação do Diamante Online

27/10/2016 às 18:34 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

A Central de Transplante da Paraíba, vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (SES), promove na próxima terça-feira (1º), às 20h, na Usina Cultural Energisa, uma palestra sobre a importância da doação de órgãos. O evento é aberto ao público e faz parte do Programa de Educação Continuada da Central de Transplante que, nesta ação, está em parceria com a Energisa (integrando o projeto Café Filosófico).

“A Central trabalha continuamente com o processo de Educação Continuada, sempre procurando espaços para disseminar informações sobre a doação de órgãos. Em mais um evento, desta vez em parceria com a Energisa, nosso objetivo é informar, tirar dúvidas e promover a sensibilização sobre o assunto”, informou a diretora da Central de Transplante da Paraíba, Gyanna Lys Montenegro.

Com o tema Doação de órgão, uma decisão que salva vidas!, a palestra será conduzida pelo enfermeiro da Central de Transplante Diego Correia de Andrade. “Como o evento é aberto ao público, Diego abordará o assunto com uma linguagem de fácil entendimento, de forma que todos assimilem o conteúdo. No roteiro, ele passará o conceito da doação, como se tornar um doador e como as pessoas podem se inscrever na lista de receptores. Ele mostrará, também, quais os critérios para as pessoas serem chamadas na lista de espera e, então, fazerem o transplante”, explicou a diretora.

Ela salientou que a intenção é desmistificar algumas informações. “A cultura brasileira, infelizmente, ainda não é muito despojada quando se fala em doação de órgãos. É preciso deixar claro que o órgão de uma pessoa que morre e não é doado será consumido pelo ambiente. Se as pessoas não são informadas sobre o processo, dificilmente elas vão entender, na hora da morte, que é um momento de dor e sofrimento, o que é e a importância da doação. Queremos cuidar para que a população entenda este processo e seja agente divulgador da causa”, explicou Gyanna.

Para ela, fazer o bem ao próximo com a doação dos órgãos do parente que se vai pode aliviar o sofrimento da perda. “Lidar com a morte é sempre difícil. Ajudar alguém, salvar uma vida, pode suavizar a angústia. Todos os relatos mostram que as pessoas se sentem muito melhores ao optar pela doação dos órgãos dos parentes que morreram. A população deve entender que se trata de um ato de amor”, concluiu.

Central de Transplantes da Paraíba – O órgão está localizado em João Pessoa e mantém núcleos de captação na capital, Campina Grande, Patos e Guarabira. Estes núcleos funcionam, respectivamente, no Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, Hospital Regional de Patos e Hospital Regional de Guarabira. A Central funciona 24 horas por dia e pode ser contatada através dos telefones (83) 3244-6192 e (83) 8845-3516.

Para ser doador – Pode ser doador qualquer pessoa com idade entre dois e 80 anos e que não apresente doença comprometedora do órgão ou tecido doado. Hoje, no Brasil, para ser doador não é necessário deixar nada por escrito, em nenhum documento. É suficiente comunicar à família o desejo da doação.

Os órgãos doados que vão para pacientes que necessitam de um transplante e já estão aguardando em lista única – passam por vários exames e, se for detectado algum problema, a exemplo de doença infecciosa, ou outras irregularidades (como córnea murcha, rasgada ou sem transparência), o órgão é descartado para preservar a integridade do paciente.

Tipos de doador

Doador vivo: Qualquer pessoa saudável que concorde com a doação, desde que não prejudique sua própria saúde. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão. Pela lei, parentes até o quarto grau e cônjuges podem ser doadores. Não parentes, somente com autorização judicial.

Doador falecido: Pacientes com morte encefálica, geralmente vítimas de dano cerebral irreversível, como traumatismo craniano ou acidente vascular cerebral (AVC). Vale ressaltar que após a doação o corpo do doador não fica deformado. A retirada dos órgãos é uma cirurgia como qualquer outra e o doador poderá ser velado normalmente. Podem ser doados rins, coração, pulmões, fígado, pâncreas e também tecidos, como córneas, peles e ossos, sempre após a autorização dos familiares.

Governo da Paraíba

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