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Paraíba

Suposto esquema de locação irregular de veículos em Duas Estradas envolveria ex-prefeito

População denunciou irregularidades ao Ministério Público Federal. Promotoria de Pirpirituba está investigando o caso

Da Redação do Diamante Online

29/04/2018 às 13:29 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

Um suposto esquema de locação irregular de veículos entre os ano de 2013 e 2016 na cidade de Duas Estradas foi denunciado pela população ao Ministério Público Federal. Segundo moradores da cidade, veículos eram alugados para cumprir funções para as quais não eram adequados, outros nem existiam e outros, ainda, eram de supostos laranjas de parentes do então prefeito da cidade, Edson Gomes.

De acordo com a denúncia, por exemplo, um veículo Fiat Uno de 1995 estava sendo usado para o transporte de materiais de construção como areia e pedras para obras de calçamento na cidade.

Outro veículo, ainda, era alugado como se fosse um Ford Fiesta, e, no entanto, tratava-se de um caminhão Volkswagen 13.190.

Em, alguns casos, veículos que eram locados pela prefeitura nem sequer existiam no cadastro de veículos do Detran da Paraíba. Outros, ainda, apesar de estarem registrados no nome de uma pessoa junto ao Detran, eram alugados no nome de outras pessoas pela prefeitura. Neste esquema estariam envolvidos o ex-prefeito, Edson Gomes, que seria o cabeça, o cunhado dele, João Batista Bernardo, Severino Bernardo, irmão de João Batista, e várias pessoas que serviriam de laranjas para a locação dos veículos.

Só em 2014 a gestão da cidade que, segundo o IBGE, conta com 3600 habitantes, alugou 52 veículos para a prestação de diversos serviços. Desde carros populares, como Uno ou Siena sendo usados para o transporte de estudantes para as escolas nas zonas rurais da cidade, sendo que o município conta com vários ônibus que realizam este transporte e levando em conta que carros de passeio não são apropriados para prestar este tipo de serviço, até caminhões, que eram, na verdade, carros mais simples. Muitos destes veículos não existiam, ou não eram usados para as finalidades que deveriam, ou não eram registrados em nenhum lugar, tendo documentos frios ou trocados para que a prefeitura pagasse por um serviço que não era prestado.

O Ministério Público Federal recebeu a denúncia, mas verificou que não havia atribuição do órgão neste caso e em 23 de março repassou o documento para a Promotoria de Justiça da Comarca de Pirpirituba, que investiga.

clickpb

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