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Paraíba

Projeto garante produção de uvas em alto padrão no Sertão da PB

O projeto, vinculado ao curso de Ciências Agrárias, existe há sete anos e. além de proporcionar a cultura da uva, ainda é capaz de avaliar a qualidade da produção da fruta e a escala de pH (que indica se o meio é ácido, básico ou neutro).

Da Redação do Diamante Online

17/06/2018 às 14:08 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

Um projeto de pesquisa desenvolvido no Centro de Ciências Humanas e Agrárias (CCHA) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), localizado no Câmpus IV, em Catolé do Rocha, está produzindo uvas em alto padrão, sem uso de agrotóxico e mostrado que o cultivo do produto pode ser adaptado ao semiárido e às altas temperaturas do Sertão. A sétima poda da primeira colheita da uva orgânica da variedade Isabel já está sendo feita e a perspectiva de produção é de quatro toneladas por hectare.

O projeto foi idealizado pelo professor José Geraldo Rodrigues dos Santos. Parte da produção da videira será destinada para pequisa no Câmpus, sendo que a proposta é, futuramente, colocar a tecnologia a disposição dos produtores da região. Algumas das uvas colhidas também serão transformadas em polpas e distribuídas gratuitamente nas creches da cidade e entre a comunidade universitária.

A produção orgânica de uvas no Câmpus IV, com uso de biofertilizantes, vem sendo feita com sucesso desde 2011, graças a um projeto coordenado pelo professor José Geraldo. A iniciativa foi conduzida pelos estudantes Alex Serafim de Lima, Francisca Lacerda da Silva, Joicy Maria Simões Vieira e Jéssica da Mota Santos, alunos da Licenciatura Plena em Ciências Agrárias. A pesquisa, que foi desenvolvida na Estação Experimental Agroecológica, teve como objetivo estudar os efeitos de doses de biofertilizante e de intervalos de aplicação na produção e na qualidade da produção da videira Isabel.

Diretor da Escola Agrotécnica do Cajueiro, o professor Edivan Nunes explicou que a ideia é, futuramente, beneficiar os produtores da região, gerando renda e aquecendo a economia local. Edivan observou que, historicamente, Catolé do Rocha não tem o costume de cultivar uva, por entender que a cultura não é adequada ao clima quente do Sertão paraibano. No entanto, a pequisa desenvolvida pela UEPB tem mostrado que o cultivo de uva na região é viável, desde que se aplicada a tecnologia correta.

Além de produzir uva orgânica, um dos diferenciais da pequisa é que todo o trabalho foi feito sem uso de agrotóxicos e com o desenvolvimento de uma irrigação localizada, que é a aplicação de água diretamente sobre a zona radicular das culturas, em pequenas quantidades. O projeto, vinculado ao curso de Ciências Agrárias, existe há sete anos e. além de proporcionar a cultura da uva, ainda é capaz de avaliar a qualidade da produção da fruta e a escala de pH (que indica se o meio é ácido, básico ou neutro).

Ao todo, o cultivo conta com 210 plantas na videira, a maioria experimentais, com uma produção média de 18 quilos de uva por planta. As uvas cultivadas no Câmpus IV, pela característica própria de sua criação, apresentam um paladar diferenciado em relação a mesma fruta cultivada em outros locais. Segundo o professor José Geraldo, a uva é bem mais doce do que as disponíveis normalmente no mercado. Pela forma como é cultivada, tem uma concentração de açúcar maior. O próximo passo do projeto será o cultivo de outros tipos de frutas a partir da mesma metodologia. José Geraldo afirmou que o plantio de uvas pode gerar até duas colheitas por ano.

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