Paraíba
Quantidade de energia furtada na PB é o suficiente para abastecer João Pessoa por um mês
Em comércios, grandes residências e até indústrias estão dentro das áreas já identificadas, mas não existe um perfil pré-estabelecido, frisou.
Da Redação do Diamante Online
03/07/2018 às 14:19 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21
A perda não técnica proveniente do furto de energia na Paraíba, nos últimos doze meses, é o suficiente para abastecer a cidade de João Pessoa por um mês. De acordo com Felipe Costa, gerente da concessionária de energia da Paraíba, a Energisa, o furto equivale a cerca de 2,9% da energia produzida no estado.
A gerência da Energisa fez um estudo que mostra o impacto do gato na conta de energia. Nos últimos doze meses, cerca de dez mil gatos foram encontrados na Paraíba. Em dinheiro, essa quantidade de furto de energia pode chegar a R$ 86 milhões de prejuízo no faturamento.
Em um ano, 104 pessoas foram presas furtando energia na Paraíba. Só em 2018, o número já chega a 43 prisões. De acordo com o Código Penal, o furto de energia é um crime que permite o pagamento da fiança, portanto, dificilmente as pessoas ficam presas, mas a pena pode chegar a oito anos de prisão.
Essa perda não técnica de energia, provocada pelos gatos, atinge a conta de energia da população abastecida legalmente. Parte do prejuízo, conforme explica Felipe Costa, está contido na tarifa de energia. Fazemos questão de mostrar que é um problema social. A gente pede o apoio da própria população e do poder público, este último, segundo Felipe, também afetado pelo furto. Ele explica que o Governo deixa de arrecadar pelo menos R$ 23 milhões de ICMS.
Áreas dos furtos
O Centro de Inteligência e Combate a Perda (Cicop), de acordo com Felipe Costa, monitora em tempo real o comportamento da energia furtada x energia fornecida. No entanto, não é possível cravar qual bairro apresenta essa característica do furto com mais frequência. É muito dinâmico. Quando encontramos, vamos lá e combatemos, mas a área continua sendo monitorada, explicou o gerente.
Por outro lado, Felipe esclarece que os furtos de energia não acontecem apenas em áreas mais humildes. Em comércios, grandes residências e até indústrias estão dentro das áreas já identificadas, mas não existe um perfil pré-estabelecido, frisou.
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