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Paraíba

Entidades se reúnem para discutir a legalização das contratações de advogados pelos municípios

Na ocasião, foram discutidas as medidas que serão tomadas para respaldar a legalidade de atuação dos advogados municipalistas.

Da Redação do Diamante Online

24/07/2018 às 13:26 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

Integrantes da Associação Paraibana de Advogados Municipalistas da Paraíba (APAM) se reuniram, na tarde desta segunda-feira (23), na sede da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Paraíba (OAB-PB), para discutir a legalidade das contratações de advogados pelos municípios e discutiram medidas que serão adotadas para impedir a tentativa de criminalização da profissão.

Na ocasião, foram discutidas as medidas que serão tomadas para respaldar a legalidade de atuação dos advogados municipalistas, mais do que isso, os benefícios que a contratação de juristas por parte dos municípios pode trazer para cidades da Paraíba que não possuem estrutura para realização de concursos de forma imediata.

Entre os benefícios estão a economia e a possibilidade de contar com uma estrutura maior para realizar a defesa de assuntos de interesse dos municípios. As entidades trataram sobre a recomendação número 03/2018, que foi subscrita pelo Ministério Público Estadual para que os gestores rescindam os contratos com os escritórios de advocacia e realizem concurso público em até 60 dias.

O órgão ministerial ainda informa que o não cumprimento implica em penalidades para os prefeitos. O presidente da APAM, Marco Villar, ressaltou o tempo necessário para realização de um concurso e a legalidade das contratações

Nossas cidades não têm condições de realizar concursos da noite para o dia. Nós não somos contra a realização de concursos, se o município demonstrar condições para fazer, e a necessidade, que o faça. Mas da forma que está imposta na recomendação n. 03/2018 os municípios paraibanos estão sendo empurrados a agir em curto prazo. A nossa questão não está relacionada à realização ou não de concursos, mas sim, em mostrar que os advogados municipalistas estão atuando dentro da legalidade ao serem contratados por inexigibilidade, explicou.

O presidente da OAB-PB afirmou que a modalidade para a contratação de advogados é a inexigibilidade. Destacou que outra modalidade de licitação para contratação desses profissionais implica na mercantilização e é contrária o preconiza o Conselho Federal da Ordem dos Advogados.

A OAB já tem posicionamento firmado sobre a matéria, entendendo pela legalidade das contratações de advogados por inexigibilidade e pela impossibilidade de mercantilização dos serviços jurídicos. pontuou.

O advogado da FAMUP, Manoel Porfírio, falou sobre a relevância do encontro e a união de instituições que visam o benefício geral.

Essa reunião foi muito produtiva e de alta relevância, pois é uma forma de mostrar e reforçar a força que os municípios possuem. Tenho convicção de que conseguiremos, juntos, alcançar os nossos objetivos, afirmou.

Participaram do encontro o presidente da OAB-PB, Paulo Maia; os representantes da FAMUP, Anderson Urtiga - que representou o presidente da instituição, Tota Guedes - e o advogado Manoel Porfírio; o presidente da Comissão Nacional da Advocacia Municipalista da ABA, Severino Medeiros Neto; e o presidente do LADPROC, Hermes Simões.

Click PB

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