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Policial

Padre que dirigiu bêbado é suspeito de atropelar e matar um homem

Se comprovada a culpa, ele sofrerá medidas corretivas da Igreja, além da pena resultante do inquérito.

Da Redação do Diamante Online

19/04/2016 às 15:18 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

Um padre é suspeito de atropelar e matar um homem de 39 anos na Rodovia Jornalista Francisco Aguirre (SP-101), em Monte Mor (SP), na noite de domingo (17). O sacerdote teve a embriaguez comprovada em exame do bafômetro, segundo a Polícia Rodoviária. Se a culpa for comprovada, ele sofrerá medidas corretivas aplicadas pela Igreja Católica, além da pena resultante do inquérito policial.

Ele não parou para prestar socorro, mas pediu ajuda 12 quilômetros depois em uma praça de pedágio. O bafômetro constatou volume de 0,36 ml/L de álcool do sangue do padre. A partir de 0,34 ml/L já é considerado crime de trânsito.

O padre, de 53 anos, pagou fiança de R$ 5 mil após prestar depoimento na delegacia e foi liberado, segundo a EPTV, afiliada da TV Globo. O nome dele não foi revelado pela Polícia Civil. A Polícia Rodoviária disse que ele informou que teria celebrado muitas missas neste domingo.

Igreja se posiciona
O padre envolvido na ocorrência é de São Paulo e pertence à congregação dos Missionários Xaverianos, segundo informou a Arquidiocese de Campinas.

Ele estava em Monte Mor a pedido de um amigo, também sacerdote, para realizar missas na Paróquia Nossa Senhora do Patrocínio, em Monte Mor. Ele já havia feito as celebrações quando o acidente aconteceu, segundo o vigário geral da arquidiocese, Monsenhor Rafael Capelato.

“Numa fatalidade dessas, um padre está sujeito aos procedimentos que caberiam a qualquer pessoa. Algumas medidas corretivas vão ser tomadas pelo superior da congregação, independentemente da investigação policial”, afirma o monsenhor.

Batina do padre que atropelou homem estava dentro do veículo, em Monte Mor (Foto: Reprodução / EPTV)
Segundo o padre e superior regional da congregação de SP, Domenico Borrotti, se for comprovada a responsabilidade do padre no acidente, ele assumirá.

“Precisa ver se teve culpa ou não. Se teve, ele vai assumir”, explicou o superior. No entanto, ele não informou quais seriam as punições possíveis neste caso e disse que vai procurar a delegacia que registrou a ocorrência para se inteirar de todos os fatos.

O atropelamento
Testemunhas disseram para a Polícia Militar Rodoviária que o padre dirigia um Fiat Uno vermelho pela rodovia em alta velocidade quando atropelou Alexsandro Rodrigues. A vítima atravessava a rodovia a 100 metros de uma passarela.

O soldado da polícia Cleber Bariotto disse que um primo da vítima atravessou primeiro, depois Rodrigues tentou fazer o mesmo e foi atropelado.

O padre não parou para prestar socorro ao Alexsandro Rodrigues, segundo as testemunhas. Ele só parou em uma praça de pedágio a 12 quilômetros do local e depois foi levado para a delegacia de Monte Mor. O padre vai responder por homicídio culposo, aquele sem intenção de matar, e embriaguez ao volante.

O veículo que o padre conduzia foi apreendido e vai passar por perícia em Monte Mor. No banco traseiro ficou a batina usada por ele.

O corpo da vítima foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Americana (SP). Alexsandro deverá ser sepultado na cidade de Medina (MG).

G1

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