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Política

CPI vai indiciar Veneziano e aponta desvio de R$ 300 milhões

A CPI vai pedir, por isso, o indiciamento de cerca de 10 pessoas incluindo o próprio Veneziano

Da Redação do Diamante Online

12/02/2016 às 10:47 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

O relatório com as conclusões do trabalho da CPI do Tesoureiro, em Campina Grande, que investigou desvios de dinheiro público durante as gestões do ex-prefeito Veneziano Vital do Rego (ainda PMDB), denunciados pelo ex-tesoureiro da prefeitura do Município, Rennan Trajano, que será lido em sessão especial na próxima segunda-feira (15), vai mostrar que o montante da subtração de recursos dos cores da PMCG alcançou a surpreendente cifra de R$ 300 milhões.

A CPI vai pedir, por isso, o indiciamento de cerca de 10 pessoas incluindo o próprio Veneziano.

Após a tomada de depoimentos dos envolvidos a CPI do Tesoureiro traz na lista dos responsáveis que podem virar réus tão logo o material seja entregue aos Ministérios Públicos Estadual e Federal, e estes acatem a denúncia, os nomes de Veneziano Vital do Rego (hoje com foro privilegiado por ser deputado), Alex Azevedo, Alexandre Almeida, Júlio Cesar Cabral, Ana Loureiro, Roberto Soares, dentre outros.

Embora tenha se concentrado nas relações entre os acusados e a empresa JGR, com desvios de recursos públicos girando em torno de R$ 10 milhões, ao longo dos anos estima o presidente da CPI, vereador João Dantas, que a malversação de recursos públicos pode ter subtraído em torno de R$ 300 milhões da Prefeitura de Campina Grande, durante as gestões de Veneziano.

Para Rennan Trajano, ex tesoureiro e delator das malversações, e que também figura entre os possíveis indiciados, somente na Secretaria de Obras em 2008 o desvio foi superior a R$ 6 milhões, envolvendo empenhos em favor de empresas como a Contérmica e a JGR, dinheiro que segundo ele teria sido canalizado para a campanha do candidato a senador Vital do Rego.

Na Folha de São Paulo, a denúncia de Rennan Trajano

Além disso, a farra com dinheiro público atingiu outras secretarias e órgãos, como o Procon, IPSEM, dentre outros, além de desvio de recursos do FUNDEB para pagamento sem a finalidade estabelecida em Lei para a sua aplicação.

Rennan aponta ainda os secretários Júlio Cesar Cabral e Alex Azevedo de comandarem o esquema criminoso, tendo Júlio inclusive colocado gente na folha de pagamento para trabalhar para ele na política, já que era candidato a prefeito em Fagundes.

O relatório deve ser apresentado e votado na sessão de segunda e a partir daí todo o material será enviado aos Ministérios Públicos, inclusive o federal uma vez que já ficou patente desvio de recursos oriundos da União, como os advindos do FUNDEB.

Para o presidente da comissão, vereador João Dantas, essa CPI é a maior que já aconteceu na história do parlamento em Campina Grande que se tem notícia. “Nenhuma outra ocorreu com essa intensidade com base em denúncias tão graves feitas pelo ex-tesoureiro nos oito anos de Veneziano Vital do Rêgo”, acentuou.

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