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Política

PSB abocanha parte do PMDB em busca de um projeto hegemônico

É evidente que Maia tem motivos para deixar o PMDB, pelo menos de acordo com os seus argumentos

Da Redação do Diamante Online

02/03/2016 às 19:55 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

O PSB do governador Ricardo Coutinho tem dado passos largos rumo ao abocanhamento da maioria das prefeituras paraibanas e, dentro deste processo, vale cooptar inclusive as lideranças dos partidos aliados. Os deputados estaduais Gervásio Maia e Trocolli Júnior (este último no exercício da Secretaria de Articulação do Estado) são as novas aquisições. Para a deputada estadual Estela Bezerra (PSB), a perspectiva de poder da sigla tem servido para puxar para a sua órbita lideranças insatisfeitas em seus partidos.

É evidente que Maia tem motivos para deixar o PMDB, pelo menos de acordo com os seus argumentos. Diz estar sendo perseguido pela sigla, não teve mantido o compromisso de assumir o Diretório de João Pessoa e ainda se mostra muito à vontade ao posar para fotos ao lado do governador Ricardo Coutinho. O sonho dele era compor a chapa majoritária do PSB para a disputa da prefeitura de João Pessoa, mas não conseguiu apoio para suplantar as pretensões de Manoel Júnior se lançar candidato ao cargo. Resultado, sobrou na curva e caiu fora do processo.

Trocolli, em declarações recentes, disse estar no mesmo barco de Gervásio, que dá entrevista coletiva amanhã para anunciar o que todo mundo já sabe agora e sabia antes: sua saída do PMDB. Outra liderança que está no mesmo barco dos dois é Veneziano Vital do Rêgo. O deputado federal é pré-candidato a prefeito de Campina Grande e esperava o apoio do PSB, que, por outro lado, exigia reciprocidade em João Pessoa, com a retirada da candidatura de Manoel Júnior para apoiar João Azevedo. Veneziano, no entanto, não vai deixar o PMDB. Apesar disso, lamenta a redução do partido.

Daqui até 2 de abril, quando se encerram as filiações e a janela da infidelidade, muitas outras lideranças vão desembarcar no PSB. Isso serve ao projeto hegemônico dos socialistas que correm o risco de sair do pleito deste ano novamente sem ter João Pessoa e Campina Grande nas mãos do partido. E isso, sem um trabalho forte nos outros municípios, representará água no chope do partido para a sucessão em 2018.

Jornal da Paraíba

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