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Política

Ricardo contraria PSB e sai em defesa de Lula por investigação da Lava Jato

Governador alega que a direção nacional não fala pelo partido e critica postura da PF. Para ele, investigações precisam ser feitas dentro da lei.

Da Redação do Diamante Online

08/03/2016 às 14:27 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

Durante lançamento da campanha “Direitos Garantidos, Vidas em transformação – Paraíba: Mulher Forte e de Valor”, ontem, no Teatro Paulo Pontes, em João Pessoa, o governador Ricardo Coutinho (PSB) saiu em defesa do ex-presidente Lula e condenou a condução coercitiva do petista à Polícia Federal na última sexta-feira. Coutinho garantiu que a posição do seu partido não modifica seu relacionamento com o governo federal.

Ainda na sexta-feira, o PSB emitiu nota reafirmando postura crítica em relação ao governo federal e defendendo a ida definitiva para a oposição. “Não foi uma nota do PSB. Foi uma nota do presidente do partido (Carlos Siqueira), a bancada de senadores emitiu também uma nota se dizendo indignada com os direitos fundamentais do cidadão que foram pisoteados, e não pode ser dessa forma”, frisou. Coutinho ressaltou ser a favor das investigações e que os culpados sejam punidos. “Mas dentro do império da lei”, disse.

ATAQUE

No mesmo evento, o governador voltou a criticar o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PSD), o acusou de não cumprir acordos e de não ter um programa de governo para a capital. Respondendo a uma suposta declaração do gestor municipal, Coutinho afirmou que Cartaxo quebra alianças sem qualquer justificativa prévia. “O problema de Cartaxo é outro, é que a política para ele é um emprego, não é um projeto, não é um programa”, disse.

O governador continuou com os ataques e destacou que o prefeito sequer se posiciona diante dos problemas nacionais. “Qual a visão dele sobre a conjuntura nacional? Ninguém sabe. Ele se esconde e eu fico longe de político que se esconde das coisas”, destacou. A reação do governador ocorreu após uma suposta declaração do prefeito afirmando que Coutinho já havia firmado alianças de “A a Z”. “Faço alianças em cima de um projeto político e o cumpro. Tanto é que aqueles que não gostam desse tipo de aliança, depois recuam”, rebateu.

Antes mesmo de romper oficialmente a aliança firmada para as eleições de 2014, os dois gestores trocavam acusações. Enquanto Cartaxo acusa Coutinho de fazer qualquer tipo de aliança para alcançar a vitória, o governador ataca principalmente as obras da prefeitura, executadas, segundo ele, com recursos federais.

Sem definição sobre os empréstimos

Na última sexta-feira, acompanhado por outros governadores, Ricardo Coutinho se reuniu com a presidente Dilma Rousseff (PT) para discutir a renegociação das dívidas, mas ainda espera uma definição em relação à liberação de operações de crédito para investimentos. Enquanto isso, as receitas do Estado continuam apresentando resultado insatisfatório. Conforme o secretário do Planejamento, Gestão e Finanças, Tárcio Pessoa, nos dois primeiros meses do ano as receitas cresceram apenas 1% em relação ao mesmo período do ano passado, quando a equipe econômica esperava, na pior das hipóteses, um aumento de 8%.

Coutinho considerou a reunião positiva e acredita que até o fim deste mês tudo seja definido. “O governo apresentou uma boa proposta inicial para os estados: de alongamento da dívida e créditos para retomar o desenvolvimento através dos investimentos. Aquilo que passamos o ano inteiro sem ter uma resposta, esse mês foi possível e eu acho que é isso que o Brasil precisa”, afirmou o governador.

Conforme Tárcio Pessoa, a partir de agora o Estado entra em uma curva descendente de arrecadação. “Em um ano normal, na pior das hipóteses, nós tínhamos crescimento de 7% e 8%, colocando o IPCA em cima, o crescimento é negativo”. Janeiro e fevereiro são os meses de fazer gordura para se perder ao longo dos meses que restam no semestre”, disse.

 

Jornal da Paraíba

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