Luiz Couto defende estado democrático de direito e rechaça conspiradores

A defesa do estado democrático de direito foi a tônica do discurso feito nesta terça-feira, 26, pelo deputado federal Luiz Couto (PT-PB) na Câmara Federal.

Ele destacou que, em tempos de guerra declarada pelos conspiradores da república, a luta por nossa jovem democracia não deve parar.

"O Estado Democrático de Direito, conquistado com muita garra, luta e trabalho vai além do que se refere ao modelo estatal alcançado após o desenvolvimento e a decadência dos Estados Liberal e Social".

O parlamentar acrescentou que atualmente "a ganância, o engodo, a trairagem, o golpismo e a cobiça geradas pelos conspiradores da república, erguem problemas declarados no Congresso que tornam a sociedade brasileira fragilizada e altamente permissiva quanto às condutas frente ao Estado".

Couto citou o jurista Dalmo Dallari que diz: "O Estado Democrático é aquele em que o próprio povo governa, sendo evidente colocar o problema de estabelecimento dos meios para que o povo externe a sua vontade, através da representatividade", ou seja, a eleição de um representante para realizar os ideais pretendidos pelos cidadãos.

O povo que governa através de seus representantes, elegeu legitimamente uma Presidenta da Republica, por 54 milhões de votos.

Na teoria de Dallari e outros juristas renomados o processo de impeachment da Presidenta da Republica, Dilma Rousseff, não tem fundamento e nem base jurídica. Portanto, o que acontece no Congresso é simplesmente a usurpação dos votos e a dominação de representantes eleitos legalmente, mas que não respeitam seus governantes (POVO) e nem mesmo a escolha do povo brasileiro.

"A jovem democracia é outra vítima desta conspiração. Por isso, a participação do povo no processo democrático é importante, pois objetiva a diminuição das diferenças sociais e a garantia dos direitos fundamentais a todos.

Devemos nos mobilizar ainda mais. Devemos ir mais além. Pois, o golpe está em curso e os usurpadores constitucionais reúnem-se, conversam e tramam todos os passos do golpe", declarou Luiz Couto.

Em seu pronunciamento, ele ainda citou artigos do médico Sebastião de Oliveira Costa ao jornal Contraponto, na Paraíba, que dizem "não se pode deixar de adicionar a esse caldo de cultura elaborado pelo sistema, o ingrediente do respaldo popular forjado numa mega manifestação convocada à exaustão pela rede dos irmãos Marinho.

(Incrível coincidência com a marcha dos 100 mil em 64, patrocinada por empresas brasileiras e americanas que respaldou a queda do governo Jango).

Junte-se ainda uma pitada de traição do conspirador Temer, a cara-de-pau do golpista Aécio e a cretinice do corrupto Eduardo Cunha, e aí é só levar ao micro-ondas do congresso, aquecido com estímulos da FIESP e vamos ter a receita certa para o golpe".

Em outro artigo, no mesmo jornal, descrito como "O golpe, a elite e a mídia", Sebastião descreve que fala-se muito no Brasil atual em golpe parlamentar, feito o Paraguai de Lugo.

A bem da verdade, uma observação mais atenta no cenário político, fica fácil visualizar uma participação ativa, competente e persistente do Sistema Globo, Veja e os jornalões, Folha e Estadão fazendo lembrar fortemente a Venezuela de 2002, quando os barões da mídia local desferiram um golpe no presidente Chavez.

Sebastião de Oliveira Costa chama, no último paragrafo de seu artigo, o golpe brasileiro de um simples repeteco de 54 e 64.

Apesar deste cenário sombrio, Luiz Couto acredita que o povo brasileiro vai lutar por justiça.

"Quem estiver por trás de uma conspiração tem que ir preso e vai pagar na cadeia. Não devemos ser complacentes com aqueles que conspiram contra o país.

Não ao Golpe! Não ao desrespeito ao voto! Não as práticas de trairagem e conspirações contra um governo legitimo, e uma Presidenta que não praticou crime algum e nem tem seu nome envolvido em nenhuma operação da Policia Federal! ".