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Política

Wellington Roberto tem consulta aceita pela CCJ que pode livrar Cunha da cassação

A consulta original relatada por Lira é de autoria do deputado Wellington Roberto

Da Redação do Diamante Online

07/06/2016 às 11:43 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

Na resposta, Lira recomendou que o plenário deve deliberar sobre um projeto de Resolução com a decisão final do Conselho de Ética, e não o parecer do relator. Decidiu também que cabem emendas a esse projeto e que elas não podem ser prejudiciais ao representado. Além disso, recomendou ainda que o projeto de Resolução seja “simplesmente arquivado”, com a consequente absolvição do parlamentar processado, caso a proposta seja rejeitada pelo plenário.

Com às respostas, Cunha poderá ser favorecido, porque o projeto de Resolução com a decisão final do conselho estará sujeito a receber emendas. Isso permitirá a seus aliados tentarem propor pena mais branda à cassação pedida no parecer do relator, que não poderia sofrer alterações no plenário. A recomendação de arquivar o projeto, caso seja rejeitado em plenário, também favorece o peemedebista. Isso porque, caso o parecer do relator fosse rejeitado, a representação original (que, no caso de Cunha, pede a cassação) deveria ser votada.

A consulta original relatada por Lira é de autoria do deputado Wellington Roberto (PR-PB), membro da chamada “tropa de choque” de Eduardo Cunha. Ela foi encaminhada na semana passada à CCJ pelo presidente interino da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), também aliado do peemedebista. O parecer do Lira deve ser votado na sessão desta terça-feira, 7, da CCJ. Segundo assessores técnicos da Câmara, caberá ao presidente da Casa acatar ou não a decisão da comissão. Ele poderá acatar a decisão monocraticamente ou submetê-la antes ao plenário.

Há dúvidas, porém, em relação à possibilidade de recurso à decisão monocrática do presidente da Câmara de acatar ou não as recomendações aprovadas pela CCJ. Alguns técnicos afirmam que deputados poderão recorrer em plenário, enquanto outros dizem que não há previsão regimental para essa contestação. Deputados não estão impedidos, no entanto, de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o assunto.

Cunha é alvo de processo no Conselho de Ética, sob acusação de mentir à CPI da Petrobrás na Câmara, em 2015, de que não possuía contas secretas no exterior. A afirmação, porém, é rebatida por investigações da Operação Lava Jato, que apontam que ele possui contas não declaradas fora do País e que foram abastecidas com recursos desviados da Petrobrás. O parecer do relator, deputado Marcos Rogério (DEM-RO), pedindo a cassação de Cunha será votado nesta terça-feira, no Conselho de Ética.

O ESTADO DE S.PAULO

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