Política
Disputa da liderança do PMDB no Senado envolve Lira e Renan e provoca batalha no partido
Principal alvo de discórdia é a presidência da Casa, mas na disputa de poder, Renan poderia até ficar com a CCJ
Da Redação do Diamante Online
26/12/2016 às 16:44 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21
A proximidade do fim do comando de Renan Calheiros no Senado estaria criando uma batalha interna na cúpula do PMDB, segundo informações do Jornal O Globo. As articulações passam pelo senador paraibano Raimundo Lira e têm envolvido o próprio presidente Michel Temer. O principal alvo da disputa é a presidência da Casa, mas também o posto de líder do partido.
De acordo com o jornal, o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), reforçou a movimentação na bancada para consolidar sua candidatura à sucessão de Renan e estaria negociando postos na Mesa do Senado com outros partidos para isso. Ele e Renan estariam divergido sobre a nova configuração da Casa: sem o poder de antes, Renan quer ser o novo líder ou presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ), enquanto Eunício prefere fazer Raimundo Lira (PB) o novo líder da bancada. A dobradinha já seria “consenso na bancada”.
Eunício esteve com Temer na última semana, avaliando o quadro no Senado e teve que desmentir informações de que estaria desistindo de disputar. Raimundo Lira quer ser o líder do PMDB, cargo também cobiçado pelo senador Eduardo Braga (PMDB-AM), mas o paraibano ganhou pontos como presidente da comissão de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
Contudo, Renan ainda trabalha por uma candidatura de Romero Jucá (PMDB-RR) ao comando do Senado, num acordo que envolveria a próxima presidência da Casa, em 2018. O temor de aliados de Eunício é que Renan queira manter o controle do poder no Senado, através da liderança da bancada e com Jucá na presidência. Eunício, segundo aliados, não quer ser refém da pauta de Renan, que trava uma queda de braço com o Ministério Público e o Judiciário.
Peemedebistas como Jucá, líder da bancada, avaliaram que Renan estava agindo por “vingança e com o fígado”. Na disputa de poder, Renan poderia até ficar com a CCJ, mas foi avisado que a pauta contra o Ministério Público e o Judiciário não teria o apoio de Eunício, caso ele seja o novo presidente do Senado.
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