Política
Lista da Odebrecht “era propina, sim”, diz operadora da empreiteira
No mesmo depoimento, Maria Lúcia nega conhecer o ex-ministro Antonio Palocci e o assessor dele Branislav Kontic
Da Redação do Diamante Online
05/02/2017 às 14:10 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21
A vitória no Clássico Emoção, contra o Botafogo-PB, pelo Campeonato Paraibano, já é passado, mas ainda serve de inspiração para o Campinense. E a tendência é que a Raposa use essa motivação no jogo contra o Uniclinic, às 16h deste domingo, na Arena Castelão, em Fortaleza, pela segunda rodada do Grupo A da Copa do Nordeste. Depois de quebrar uma sequência de seis jogos sem vencer - somando as duas competições -, o Rubro-Negro espera agora conseguir a primeira vitória pelo Nordestão.Maria Lúcia Guimarães Tavares era a secretária do “departamento de operações estruturadas” da Odebrecht em Salvador. Em depoimento ontem (3.fev) ao juiz Sérgio Moro, ela disse que as planilhas com nomes, apelidos e valores eram, sim, pagamento de propina.
“Era o seguinte: a gente recebia uma planilha, que vinha com os codinomes, que vinha com os valores e a data. Esperava o chefe [Fernando Migliaccio] passar para mim os endereços e eu passava para o prestador de serviços”, diz ela. Sua função era “controlar as remessas [de dinheiro] de dentro da empresa para os clientes”, diz Maria Lúcia.
Planilhas similares foram apreendidas na casa de Maria Lúcia, na capital baiana, e também com o ex-diretor da empresa Benedicto Junior, o BJ, no Rio. Vários dos apelidos atribuídos a políticos são idênticos. Os arquivos de BJ ficaram conhecidos como “lista da Odebrecht”.
No mesmo depoimento, Maria Lúcia nega conhecer o ex-ministro Antonio Palocci e o assessor dele Branislav Kontic. O depoimento da ex-secretária é parte da ação penal na qual Palocci, Branislav e outros são réus.
Maria Lúcia é colaboradora da Lava Jato, mas não é do grupo de 77 delatores da Odebrecht. Está afastada da empreiteira. Fechou a delação sozinha, bem antes dos demais ex-colegas. A colaboração dela, inclusive, pesou na decisão da Odebrecht de fechar o acordo de delação premiada.
OUTRO LADO
A Odebrecht disse colaborar com a Justiça. Afirmou ainda estar aprimorando “seu compromisso com práticas empresariais éticas e de promoção da transparência”. Leia a íntegra da nota à imprensa.
Leia mais no Maria Lúcia Guimarães Tavares era a secretária do “departamento de operações estruturadas” da Odebrecht em Salvador. Em depoimento ontem (3.fev) ao juiz Sérgio Moro, ela disse que as planilhas com nomes, apelidos e valores eram, sim, pagamento de propina.
“Era o seguinte: a gente recebia uma planilha, que vinha com os codinomes, que vinha com os valores e a data. Esperava o chefe [Fernando Migliaccio] passar para mim os endereços e eu passava para o prestador de serviços”, diz ela. Sua função era “controlar as remessas [de dinheiro] de dentro da empresa para os clientes”, diz Maria Lúcia.
Planilhas similares foram apreendidas na casa de Maria Lúcia, na capital baiana, e também com o ex-diretor da empresa Benedicto Junior, o BJ, no Rio. Vários dos apelidos atribuídos a políticos são idênticos. Os arquivos de BJ ficaram conhecidos como “lista da Odebrecht”.
No mesmo depoimento, Maria Lúcia nega conhecer o ex-ministro Antonio Palocci e o assessor dele Branislav Kontic. O depoimento da ex-secretária é parte da ação penal na qual Palocci, Branislav e outros são réus.
Maria Lúcia é colaboradora da Lava Jato, mas não é do grupo de 77 delatores da Odebrecht. Está afastada da empreiteira. Fechou a delação sozinha, bem antes dos demais ex-colegas. A colaboração dela, inclusive, pesou na decisão da Odebrecht de fechar o acordo de delação premiada.
Poder 360
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