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Política

Wellington Roberto acusa Temer de ser insensível com municípios

Pelo menos vinte gestores falaram na iminência de um colapso financeiro se não houver modificação substancial no cenário.

Da Redação do Diamante Online

25/10/2017 às 19:33 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

No encontro da bancada federal paraibana com prefeitos que reivindicaram apoio financeiro emergencial por parte da presidência da República para municípios que enfrentam situação de grave crise, o deputado Wellington Roberto, do PR, qualificou o presidente Michel Temer (PMDB) de “insensível” às demandas dos gestores. Wellington aproveitou para estender as críticas ao líder do governo Temer na Câmara, deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), por não comparecer à reunião. A assessoria do deputado justificou que Ribeiro está empenhado em Brasília na articulação para a derrubada em plenário, amanhã, da segunda denúncia contra o governo Temer e, por isto, ficou impossibilitado de atender a outros compromissos.

Na opinião de Wellington Roberto, as denúncias contra Michel Temer vão fazer com que as reivindicações dos prefeitos sejam deixadas em segundo plano. O deputado pediu que os gestores pressionem o governo, de forma a que o encontro promovido em João Pessoa não tenha sido em vão. Para o parlamentar do PR, na condição de interlocutor direto com acesso ao governo federal, Aguinaldo Ribeiro poderia ter uma atuação mais ativa no sentido de conseguir que os pedidos fossem equacionados antes da votação das denúncias contra o presidente da República. O deputado Aguinaldo Ribeiro deixou patente, em mensagem transmitida pelo deputado Wilson Filho, do PTB, que após a definição sobre o futuro do presidente na Câmara dos Deputados, retomará a discussão sobre os temas municipalistas.

A votação da denúncia contra Temer, acusado de chefiar uma organização criminosa, segundo o autor, Rodrigo Janot, ex-Procurador-Geral da República, está sendo anunciada para amanhã. O próprio presidente da Câmara Federal, deputado Rodrigo Maia, do DEM-RJ, tem sido pressionado de certa forma a dar tramitação ao rito no plenário da Casa, evitando prolongar um impasse institucional que já estaria afetando o pleno funcionamento de setores essenciais. Enquanto isso, os prefeitos argumentam que já começaram a promover demissões nos municípios por não terem condições financeiras suficientes para fazer frente às demandas. Pelo menos vinte gestores falaram na iminência de um colapso financeiro se não houver modificação substancial no cenário. Benício Neto, prefeito de Pilar, resumiu a situação: “Estamos caminhando para o colapso e por isso é que estamos apelando para que a ajuda chegue o mais cedo possível”.

 

Lenilson Guedes

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