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Sertão

Polêmica: Acadêmicos do Curso de Medicina das FIP se manifestam e pedem melhorias estruturais

Em nota que circula nas redes sociais os acadêmicos informaram que desde 2014

Da Redação do Diamante Online

08/05/2017 às 15:59 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

Acadêmicos do curso de Medicina das Faculdades Integradas de Patos (FIP) estão reclamando e realizando reivindicações quanto às melhorias que a instituição deveria oferecer para .

Em nota que circula nas redes sociais e que foi enviada à redação do patosverdade.com, os acadêmicos informaram que desde 2014, quando a primeira turma de Medicina chegou às FIP, são feitas cobranças incessantes de melhorias, principalmente estruturais, e que as insatisfações são tratadas aos "canais legais para insatisfações".

Em Nota publicada pelos alunos, foi solicitado prédio próprio ao curso de Medicina, abertura da Policlínica, melhorias no método de ensino e sistema de avaliações entre outras, porém, nada ou pouco foi feito por parte da instituição. "Por esse motivo, resolvemos nos organizar e procurar ajuda com instituições que possam nos ajudar, estando entre elas a imprensa. Há a necessidade de se expor o que enfrentamos diariamente, pois, assim, aumentam as nossas esperanças de que algo seja feito para mudar. Muito nos estranha e angustia que a Direção Geral se preocupe mais em tentar debelar qualquer manifestação de insatisfação do que em ouvir e tentar promover melhorias para o curso e para as FIP", explica em nota a Comissão dos alunos do curso de Medicina das FIP.

Segundo a Comissão, o valor pago mensalmente é de R$ 6.400 (seis mil e quatrocentos reais).

“Um sonho de Medicina vem se tornando pesadelo e a culpa não é nossa, continuamos lutando para sermos bons médicos, pelos nossos esforços”, lamentaram os alunos por meio da Comissão.

As Faculdades Integradas de Patos publicaram uma Nota repudiando as informações divulgadas pelos alunos do Curso de Medicina.

Leia na íntegra:

A Direção das Faculdades Integradas de Patos (FIP), representada pelo Diretor Presidente João Leuson Palmeira Gomes Alves, externa este documento para ciência de toda comunidade acadêmica e outros que tenham acesso a esta nota, para repudiar as informações inverídicas apresentadas por alguns poucos alunos do Curso de Medicina que utilizaram mídias sociais para atingir a Instituição e denegrir as condições de funcionamento do Curso.

Por oportuno, esclarecemos que o Curso de Medicina das FIP foi autorizado a funcionar com conceito 04 (quatro), por meio da Portaria Nº 359, de 10 de junho de 2014, evidenciando que desde o início já apresentava indicadores de qualidade. Asseguramos que as FIP investem continuamente no Curso, nas dimensões pedagógica, corpo docente e infraestrutura. Portanto, o Curso conta com estrutura adequada para atender a demanda dos alunos. Dispõe de salas de aulas tradicionais climatizadas equipadas com audiovisuais, salas de aula adaptadas para os grupos de Problem Based Learning (Programa de Interação Comunitária e Grupos Tutoriais), que atende as diretrizes emanadas dos Ministérios da Educação e da Saúde para Cursos de Medicina. Dispõe também, de todos os laboratórios do ciclo básico, bem como de um Laboratório de Habilidades e Simulação (LhabSim), que atende especificamente ao Curso, com modernos equipamentos.

O LhabSim tem como objetivo criar e adaptar ambientes para treinamento de cuidados em saúde e procedimentos médicos intensivos, invasivos e de emergências clínica e cirúrgicas, com cenários diferentes – UTIs, centro cirúrgico, paramentação e outros. Nesse laboratório os alunos recebem treinamentos em procedimentos e simulação, pois conta com manequins computadorizados e um sistema de comunicação de alta tecnologia. Vale destacar que um dos pontos fortes do Curso é a metodologia adotada que, além de aproximar professores e alunos, faz com que estes sejam ativos e sujeitos na construção do conhecimento desde o início.

Com relação à Policlínica reportada pelos alunos, a Direção das FIP reconhece que ainda não está funcionando, porém encontra­se em fase de construção. Da forma como foram veiculadas as informações, inclusive com a insinuação de desvio de recursos por parte do gestor para compra de um carro (fato que será apurado a posteriori na instância competente), parece que o Curso não tem estrutura para funcionar e que os alunos não estão aprendendo nada. Isso não corresponde à realidade. Para que os fatos sejam esclarecidos, é necessário pontuar que Cursos de Medicina só são autorizados a funcionar mediante a comprovação dos seguintes critérios: 1) relevância e necessidade social da oferta do Curso? 2) estrutura de equipamentos públicos e os programas de saúde existentes no município, segundo dados do Ministério da Saúde: número de leitos do SUS, equipes de atenção básica, programas de Residência Médica, adesão do município ao Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ), existência de Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), existência de hospital, dentre outros. Como visto, para funcionar é imprescindível a pactuação com as redes de saúde pública (estadual e municipal). As FIP tem convênios com ambos os entes federados. Portanto, desde a sua origem, o Curso tem acesso às unidades de saúde (hospitais, maternidades e unidades básicas), condição sine qua non para a sua abertura.

Como já citado, a Instituição investe continuamente nos seus Cursos e, desde que Medicina foi autorizado os investimentos tem sido mais voltados para ele. Capacitação de professores com mestres e doutores de outras instituições do Brasil sobre Metodologias Ativas (PBL e TBL) criação da sala máster, reestruturação de um bloco de salas de aula (antiga Ecisa) para alocar parte do Curso de Medicina, instalação de uma Clínica para o Curso (prestes a abrir à Rua Rio Branco, em Patos), implantação do Programa de Residência em Medicina de Família e Comunidade, em rede com 18 municípios, incluindo Patos, que dar suporte pedagógico, acadêmico e profissional ao Curso de Medicina são alguns dos investimentos efetivados.

Já se encontra em plena execução a parceria público­privada ­ Secretaria de Saúde do Município de Patos e Faculdades Integradas de Patos. Por meio dessa parceria, alunos do Curso de Medicina acompanhados por um professor e pelos profissionais que ali atuam, têm a oportunidade de realizarem/acompanharem a realização de procedimentos que possibilitam a consolidação da relação teoria­prática. Sem sombra de dúvidas, algumas vezes surgem intercorrências, a exemplo de não comparecimento de pacientes com determinadas patologias, que prejudicam a formação dos alunos, entretanto, são fatos que independem da unidade de saúde e da Instituição de Ensino. Para corrigir tais intercorrências, a Coordenação do Curso faz pactuações com outras unidades, mesmo em outras cidades, com todo o apoio para deslocamento dos alunos, a exemplo da mais recente com o Hospital de Pombal.

Para concluir, gostaríamos de deixar claro que se alguns alunos se sentem desconfortáveis com o Curso, essa opinião negativa não reflete a opinião de todos, ao contrário. Os levantamentos evidenciam a baixa evasão e quando ocorrem não é por questão de qualidade ou de falta de estrutura para o ensino, mas por logística. Alguns se transferem para estudar mais próximo de casa.

Lamentamos que os alunos que se sentem desconfortáveis não tenham procurado, neste caso, os canais legais para manifestarem as suas insatisfações: Professores – Coordenação do Curso – Coordenação Acadêmica e Direção Geral. Nessa perspectiva, aproveitamos o ensejo para nos dirigirmos a esses alunos e fazer as seguintes considerações: As instâncias administrativas das FIP são espaços democráticos, que sempre garante os diálogos, assim como a diversidade das ideias? 2. A Direção se coloca à disposição para esclarecimentos que sejam necessários e afirma seu compromisso com a realização de uma gestão sempre aberta ao diálogo com a comunidade.

Patos­PB, 05 de maio de 2017

JOÃO LEUSON PALMEIRA GOMES ALVES

Diretor Geral das FIP

PatosVerdade

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