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Brasil

Defesa vai colocar 220 mil homens nas ruas para combater Aedes aegypti

O ministro Aldo Rebelo detalhou a divisão do efetivo e explicou que a pasta vai contribuir em quatro frentes para o combate do inseto.

Da Redação do Diamante Online

27/01/2016 às 22:30 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

O Ministério da Defesa anunciou nesta quarta-feira (27) que vai colocar 220 mil homens e mulheres das Forças Armadas nas ruas para combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, da chikungunya e do zika vírus (veja os sintomas das três doenças no quadro abaixo).

O ministro Aldo Rebelo detalhou a divisão do efetivo e explicou que a pasta vai contribuir em quatro frentes para o combate do inseto.

— É a campanha de esclarecimento casa por casa. Para essa campanha, nós mobilizaremos 220 mil homens e mulheres das três Forças, sendo 160 mil do Exército, 30 mil da Marinha e 30 mil da Aeronáutica. Um pouco mais de 60% do efetivo total de 300 mil homens e mulheres das Forças Armadas. Terá a participação de todos os escalões das Forças Armadas. [...] Também podemos ter a ajuda de outras forças, de outros servidores que possam se incorporar para essa ação, marcada para o dia 13 de fevereiro.

Rebelo, porém, enfatizou que a responsabilidade do combate ao mosquito é do Ministério da Saúde, o qual "dispõe dos meios e da capacidade para a campanha".

— Nós somos uma força subsidiária. Atuamos subsidiariamente e organizamos aqui, com as Forças Armadas, uma contribuição, distribuída em quatro etapas, envolvendo todos os efetivos das Forças Armadas.

A primeira fase compreende um esforço coletivo para "a erradicação do mosquito em equipamentos das Forças Armadas, como quartéis e equipamentos militares", explicou o ministro.

Outra estratégia da Defesa "é a mobilização de 50 mil militares, já sob a orientação do Ministério da Saúde, para a distribuição dos meios e dos produtos para a erradicação do mosquito, como larvicidas e inseticidas, e outras medidas que o ministério julgue importante", disse Rebelo.

— Hoje, temos já cerca de 2.000 homens e mulheres em ação e vamos treinar mais o número necessário para alcançar os 50 mil. Receberemos o treinamento do MS e vamos treinar o efetivo restante. Esses estarão à disposição do Ministério da Saúde para uma atuação mais perto dele.

Por fim, a quarta fase compreende "a disponibilidade também de praças e oficiais, sargentos e oficiais, para levar essa campanha para as escolas".

— Já conversei com o ministro da Educação para receber diretrizes, do ministério e das secretarias da educação, para a mobilização e empenho do nosso efetivo nas escolas. [...] Vamos apoiar a prevenção e combate do mosquito nas escolas.

Antes tarde do que nunca

Questionado por que a Defesa não entrou antes no combate ao mosquito da dengue, Rebello disse que as Forças Armadas só atuam quando são convocadas.

— Ontem, conversando com o governador do Acre, ele disse que uma das instituições que ajudaram ele enfrentar com êxito a incidência de dengue, que é o mesmo vetor do zika, foi a participação das Forças Armadas, que só atuam quando convocadas. Já tínhamos treinado homens e mulheres para essa ação. Eles já estão atuando nos Estados como PE, MT, PB, AL e SP, onde fomos convocados, onde já atuamos.

O ministro explicou que "esse esforço maior de participação é correspondente ao esforço que o próprio governo, não só a União, mas também os Estados e prefeituras, fazem". — Quando somos mobilizados para essa finalidade, respondemos prontamente. O último balanço do Ministério da Saúde indica que o País já tinha 4.180 casos de microcefalia suspeitos até o último sábado (23).

R7

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