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Brasil

Dilma chama de "ridícula" denúncia que embasa o pedido de impeachment

Às vésperas da votação do impeachment no plenário do Senado, que poderá afastá-la temporariamente do cargo

Da Redação do Diamante Online

29/04/2016 às 17:59 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

Às vésperas da votação do impeachment no plenário do Senado, que poderá afastá-la temporariamente do cargo, a presidente Dilma Rousseff chamou de "ridícula" a denúncia que embasa o pedido de seu afastamento e disse que o processo é uma tentativa de chegar ao poder de um grupo que não teve votos suficientes na última eleição presidencial.

Em evento de prorrogação dos contratos do programa federal Mais Médicos, a petista afirmou que o pedido apresentado pelos advogados Miguel Reale Júnior e Hélio Bicudo "não tem base real" e é uma tentativa de se praticar uma "eleição indireta transvestida de impeachment".

"Eu tenho clareza que é ridícula a acusação, porque o que fizemos foi garantir programas sociais e de incentivo à indústria e à agricultura", disse. "Esse processo é um golpe porque não se trata de um processo de impeachment, mas de uma eleição indireta daqueles que não tiveram voto nas urnas", acrescentou.

Segundo ela, o processo é um esforço de "romper com as bases do Estado democrático de direito". "A minha luta não é só para preservar meu mandato, mas a minha luta é para garantir e preservar conquistas históricas da população brasileira", disse.

MAIS MÉDICOS

A petista assinou nesta sexta-feira (29) medida provisória prorrogando por mais três anos o prazo que permite que médicos estrangeiros atuem no país mesmo sem diploma revalidado no Brasil. A iniciativa será enviada ao Congresso Nacional.

A medida garante a permanência no país de cerca de 7 mil médicos estrangeiros que deixariam o programa federal neste ano. A presidente também assinou termo de cooperação com a prefeitura de São Paulo para a contratação de mais 160 médicos para atuarem na capital paulista pela iniciativa do governo federal.

Durante o evento, a plateia formada por participantes do programa entoaram gritos contra o impeachment, como "Não vai ter golpe" e "Fora, Cunha", em uma referência ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

A presidente fez questão ainda de agradecer o governo de Cuba e o médicos cubanos que integram o programa federal. "Os médicos cubanos foram aqueles que vieram na primeira hora nos ajudar no Brasil", disse.

Ela lembrou que o Mais Médicos sofreu "críticas agressivas" no início, mas também teve o apoio de integrantes do SUS (Sistema Único de Saúde). Para ela, a iniciativa tornou-se hoje não só um programa de governo, mas de Estado.

Em discurso, o ministro interino da Saúde, José Agenor da Silva, elogiou o Mais Médicos e disse que só a presidente teve coragem para fazer um programa na área de saúde com impacto direto na vida da população brasileira.

Folha

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