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Brasil

Efeito Gabarito: PF faz operação em três estados contra fraude em concurso do TRT

Foram identificados cinco candidatos supostamente beneficiados pelo esquema, três deles classificados nos cargos de técnico e analista judiciário e outros dois classificados no cargo de técnico judiciário

Da Redação do Diamante Online

16/09/2017 às 11:50 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão e de condução coercitiva em Alagoas, Amazonas e Roraima, nesta sexta-feira (15). A operação foi batizada de Porta dos Fundos e teve origem de investigações realizadas na Paraíba. Foi descoberto um possível envolvimento da organização criminosa investigada na Operação Gabarito, da Polícia Civil da Paraíba.

A ação cumpriu medidas cautelares para apurar o esquema de fraude do concurso para provimento de cargos de analista e técnico do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região.
Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão e seis mandados de condução coercitiva, para tomar depoimentos, nos três estados.

Segundo o delegado da PF em Alagoas, Daniel Silvestre quatro suspeitos de terem sido aprovados no concurso são de Alagoas. Três deles foram classificados nas primeiras colocações. Eles foram levados para a sede da PF no bairro de Jaraguá, em Maceió, para esclarecimentos.

As investigações iniciaram na Superintendência Regional no Amazonas em abril de 2017, após uma denúncia da Fundação Carlos Chagas, organizadora do concurso. Segundo a PF, não foram identificados indícios de participação de funcionários e servidores da fundação ou do TRT 11ª Região.

As provas do concurso foram realizadas no dia 19 de fevereiro deste ano em Manaus e Boa Vista, no Amazonas. Dos 76.882 candidatos inscritos no concurso, 59.011 compareceram.

Além dos integrantes da organização criminosa, foram identificados ainda cinco candidatos supostamente beneficiados pelo esquema, três deles classificados nos cargos de técnico e analista judiciário e outros dois classificados no cargo de técnico judiciário.

Ainda segundo a PF, os investigados devem responder pelos crimes de constituição de organização criminosa (art. 2º da Lei nº.12.850), associação criminosa (art. 288 do CP) e fraude em certame de interesse público (art. 311-A do CP).

A ação foi batizada de Porta dos Fundos porque é a expressão popular utilizada para designar uma atividade ou ação que queira ser escondida ou que seja de natureza escusa. Ao tentarem adentrar no serviço público de forma irregular, os envolvidos remetem à ideia ilustrativa de um acesso irregular a um local, indicando, portanto, uma entrada pela porta dos fundos.

Assessoria

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