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Brasil

8 feridos em chacina no Ceará seguem internados; 14 morreram

Entre os feridos, está um garoto de 12 anos, que é filho de um vendedor de cachorro-quente morto na chacina

Da Redação do Diamante Online

28/01/2018 às 12:45 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

Oito pessoas baleadas durante a chacina que deixou 14 mortos no Bairro Cajazeiras, em Fortaleza, seguem internadas, conforme o último boletim divulgado na noite de sábado (27) pelo Instituto Dr. José Frota (IJF). Sete vítimas estão internadas na unidade e uma outra pessoa segue hospitalizada em estado grave no Hospital Distrital Edmilson Barros de Oliveira, o Frotinha Messejana. Entre os feridos, está um garoto de 12 anos, que é filho de um vendedor de cachorro-quente morto na chacina.

Oito mulheres e seis homens foram assassinados por um grupo que invadiu a danceteria Forró do Gago por volta de 1h30 (horário de Brasília). Segundo um policial militar e moradores do bairro que conversaram com o G1, vários homens armados chegaram em três carros, invadiram o local e dispararam tiros.

Um suspeito foi preso e um fuzil apreendido pela polícia, conforme a Secretaria da Segurança Pública do Ceará. Uma bomba de gás também foi encontrada pelos policiais no interior do local onde ocorreram as mortes.

Ao todo, 10 pessoas foram atendidas no IJF com ferimentos à bala. Duas vítimas receberam alta hospitalar durante a tarde. Um homem, uma mulher e duas adolescentes passaram por cirurgias e continuaram internadas, até a noite de sábado. A chacina foi destaque também na imprensa internacional.

Além deles, dois adolescentes e o gatoro de 12 anos passaram por avaliação médica e permaneceram na unidade hospitalar. O estado de saúde é considerado estável e eles não correm risco de morrer, conforme o IJF.

O estado de saúde mais grave é de um homem de 24 anos que foi atendido no Frotinha de Messejana. Ele passou por uma cirurgia e continuou internado em estado grave. As identificações das vítimas não foram divulgadas.

Maior chacina do CE

A chacina dentro do clube de festa é considerada a maior do Ceará. Entre os 14 mortos, há um motorista do aplicativo Uber, um vendedor de cachorro-quente e uma comerciante. Os corpos foram levados pela Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) e levados para a Coordenadoria de Medicina Legal (Comel). Os nomes também não foram divulgados pela polícia.

O secretário da Segurança Pública do Ceará, André Costa, disse que as investigações ainda estão em andamento e preferiu não atribuir o crime a uma disputa entre facções. Segundo ele, a chacina foi um caso pontual e o estado não perdeu o controle do combate ao crime.

O governador Camilo Santana se pronunciou oficialmente sobre o caso por meio de seu perfil no facebook. Camilo definiu a chacina como um ato selvagem e inaceitável. O governador informou ainda que se reuniu com o secretário André Costa e com membros da cúpula da SSPDS para traçar ações de investigações sobre os crimes.

A Ordem dos Advogados do Brasil no Ceará lançou nota se solidarizando com as famílias das vítimas da chacina e manifestou repúdio ao caso. De acordo com a OAB-CE, o ocorrido comprova o que a sociedade cearense já vem presenciando no seu cotidiano, estamos vivendo um colapso na Segurança Pública.

A Ordem também destacou a necessidade de uma real mudança. A falta de efetividade na execução de um Plano de Segurança Pública, a ausência de Políticas sobre drogas e a falta de atenção ao sistema prisional que transforma os presos em pessoas ainda mais brutalizadas, acabam facilitando a ingerência das organizações criminosas. A soma desses pontos tem sido a fórmula para instituir o caos social e a insegurança no Estado do Ceara, diz a nota.

Por G1

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