Brasil
Ex-governador de Goiás é preso ao prestar depoimento na Polícia Federal
Ao confirmar a prisão temporária de seu cliente, o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse que está indignado
Da Redação do Diamante Online
11/10/2018 às 12:19 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21
O ex-governador de Goiás Marconi Perillo foi preso, em caráter preventivo, na tarde de hoje (10), enquanto prestava depoimento na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Goiás. Ao confirmar a prisão temporária de seu cliente, o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse que está indignado.
O novo decreto de prisão é praticamente um copia e cola de outra decisão de prisão já revogada por determinação do Tribunal Regional Federal da 1ª Região [TRF1], afirmou o advogado, em nota enviada à imprensa.
Um dos investigados na Operação Cash Delivery, que investiga denúncias de pagamento de propina a agentes públicos de Goiás, Marconi Perillo foi à Superintendência da PF para prestar depoimento. Por decisão do próprio ex-governador, o depoimento inicial foi mantido. Até as 16h50, Perillo contimuava sendo ouvido pela PF.
Em sua nota, Kakai lembra que o TRF1 já concedeu liminares determinando a soltura de dois investigados na Cash Delivery. Não há absolutamente nenhum fato novo que justifique o decreto [de prisão] do ex-governador Marconi Perillo.
Para o advogado, a prisão de Perillo constitui uma forma de descumprimento indireto dos fundamentos das decisões de liberdade concedidas a outros investigados, por fatos supostamente ocorridos entre 2010 e 2014, [baseada] na palavra isolada dos delatores”.
Nota do MPF
Em nota, o Ministério Público Federal (MPF) em Goiás esclareceu que a prisão preventiva do ex-governador foi decretada pela 11ª Vara da Justiça Federal no estado, a pedido do Núcleo de Combate à Corrupção do MPF.
A prisão é desdobramento da Operação Cash Delivery, que foi deflagrada no dia 28 de setembro para apurar denúncias de crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa nos quais Perillo estaria envolvido.
As acusações foram feitas por executivos da Odebrecht, investigados na Operação Lava Jato, que firmaram acordo de colaboração com a Justiça. Segundo os delatores, o ex-governador recebeu propina de aproximadamente R$ 12 milhões entre 2010 e 2014 para favorecer a empreiteira em contratos firmados para realização de obras em Goiás.
Agência Brasil
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