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Brasil

Joesley Batista e Ricardo Saud são presos novamente durante operação da PF em SP

Dono da JBS está envolvido em esquema de corrupção com vice-governador de Minas.

Da Redação do Diamante Online

09/11/2018 às 12:34 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

A Polícia Federal (PF) prendeu na manhã desta sexta-feira (9) em São Paulo o empresário Joesley Batista e o ex-executivo da J&F, Ricardo Saud, em um desdobramento da Operação Lava Jato. A Operação Capitu investiga o envolvimento do vice-governador do estado, Antonio Andrade (MDB), em um esquema de corrupção na época em que ele era ministro da Agricultura do governo Dilma Rousseff (PT).

Em São Paulo, foram cumpridos 6 mandados de prisão:

Joesley Batista
Ricardo Saud
Marcelo Pires Pinheiro
Fernando Manoel Pires Pinheiro
Demilton Antonio de Castro
Florisvaldo Caetano de Oliveira não foi localizado, está fora do estado de São Paulo.

Joesley Batista e Saud já tinham sido presos anteriormente e só foram liberados após uma delação premiada. Na ocasião, a prisão ocorreu após o pagamento de propina ao presidente Michel Temer (MDB) por intermédio do ex-assessor especial Rodrigo Rocha Loures. A propina, uma mala com R$ 500 mil, foi entregue pelo ex-diretor de Assuntos Institucionais da J&F Ricardo Saud a Loures, em São Paulo, em abril do ano passado. A J&F é a holding que controla a JBS.

Os policiais federais deixaram a sede da Polícia Federal em São Paulo por volta das 5h30 desta sexta-feira para o cumprimento de 6 mandados de prisão e 14 de busca e apreensão (10 na capital, 3 em Araraquara e 1 em Cotia).

or volta das 7h30, agentes da PF estavam na casa de Joesley na Zona Oeste da capital. Ele e Saud serão levados para o Instituto Médico Legal (IML) Central de São Paulo. Em seguida, irão para a sede da PF em São Paulo, onde devem ficar presos.

Em nota, André Callegari, advogado de Joesley Batista, afirma que ele é colaborador da Justiça e tem cumprido à risca essa função.

Portanto, causa estranheza o pedido de sua prisão no bojo de um inquérito em que ele já prestou mais de um depoimento na qualidade de colaborador e entregou inúmeros documentos de corroboração. A prisão é temporária e ele vai prestar todos os esclarecimentos necessários, diz a nota.

O G1 ainda não conseguiu localizar a defesa dos demais presos.

O vice-governador de Minas, Antonio Andrade, foi preso no interior do estado. Os agentes cumprem 19 mandados de prisão temporária e 62 mandados de busca e apreensão – em Belo Horizonte são 26. Os outros são em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba e Mato Grosso.

A operação é baseada na delação de Lúcio Funaro, apontado como operador do MDB. Segundo as investigações, havia um esquema de arrecadação de propina dentro do Ministério da Agricultura para beneficiar políticos do MDB, que recebiam dinheiro da JBS, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, em troca de medidas para beneficiar as empresas do grupo.

GloboNews

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