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Brasil

Encontro entre Biden e Bolsonaro é marcado por desconfianças mútuas

Brasileiro participará da Cúpula das Américas e conversará com norte-americano.

Da Redação do Diamante Online

06/06/2022 às 11:38 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

O presidente da República Jair Bolsonaro (PL) deverá embarcar para Los Angeles, nos Estados Unidos, na próxima 4ª feira (8.jun), para participar da Cúpula das Américas. O evento começa nesta 2ª e vai até 6ª (10.jun). No sábado, o presidente vai aproveitar a estadia em solo americano para esticar a viagem até Orlando. O Itamaraty informou que Bolsonaro estará na cidade da Flórida para inaugurar um vice-consulado. A agenda detalhada do presidente em Orlando, ainda não foi confirmada.

Mas por uma coincidência, no mesmo dia da visita, haverá o 1º Congresso Conservador Brasileiro da Flórida. A organização do evento confirmou a presença de apoiadores do presidente Bolsonaro, como o deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) e o blogueiro Allan dos Santos.

A criação do consulado em Orlando foi determinada por um decreto. A cidade é um dos principais destinos de turistas brasileiros.

Encontro com Biden

A viagem de Bolsonaro aos Estados Unidos, nesta semana, também vai marcar o primeiro encontro dele com o presidente americano, Joe Biden. A reunião com o democrata foi oferecida pela Casa Branca, em aceno de aproximação com o presidente brasileiro.

Desde que tomou posse, em 20 de janeiro de 2021, Biden vinha evitando aproximação com Bolsonaro. Os dois nunca conversaram nem por telefone. Na última cúpula do G-20, em outubro do ano passado, em Roma, estiveram juntos, mas não se cumprimentaram. Na ocasião, Bolsonaro se queixou e disse que foi ignorado por Biden. "Encontrei com ele no G-20, passou como se eu não existisse. Foi o tratamento dele com todo mundo, não sei se é a idade", ironizou.

Nas eleições presidenciais americanas, em 2021, Jair Bolsonaro torceu abertamente para o republicano Donald Trump, e foi o último líder do G-20 a parabenizar Biden pela vitória nas eleições.

Na 5ª feira da semana passada (26.mai) quando recebeu o convite do presidente americano para a reunião bilateral e confirmou a ida à Cúpula das Américas, Bolsonaro reconheceu que mudou de ideia sobre a viagem. Afirmou que só vai, porque é importante para o país.

"Estava propenso a não comparecer. Não posso ir, com o tamanho do Brasil, ser moldura de uma fotografia. Não vou lá para sorrir, apertar a mão e aparecer em fotografia, eu vou para resolver os assuntos", disse Bolsonaro.

Na mesma data, voltou a frisar que antes da posse de Biden a relação com os Estados Unidos era amistosa. "Com o Trump estava indo muito bem. Quando entrou o Biden, de minha parte não mudei política com ele", garantiu.

SBT News

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