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Economia

Dólar bate novo recorde de alta e fecha em R$ 3,661

A última vez que o dólar ultrapassou esse valor foi no dia 7 de abril de 2016, quando encerrou o dia vendido a R$ 3,694

Da Redação do Diamante Online

16/05/2018 às 12:38 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

Pelo terceiro pregão consecutivo, o dólar fechou novamente em alta hoje (15), cotado a R$ 3,661. Assim como ontem (14), a alta da moeda norte-americana bateu recorde e é a maior em dois anos. A última vez que o dólar ultrapassou esse valor foi no dia 7 de abril de 2016, quando encerrou o dia vendido a R$ 3,694.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, fechou em queda de 0,12%, a 85.130 pontos.

A alta do dólar ocorre mesmo com ajustes na atuação do Banco Central no mercado de câmbio. Na última sexta-feira (11), após o fechamento do mercado, o banco anunciou ajustes nos leilões de contratos de sawps cambiais, equivalentes à venda de dólares mercado futuro. O BC passou a fazer leilões com vencimento em junho e antecipou operações adicionais.

Com os ajustes, ontem o BC iniciou ontem a oferta diária de rolagem integral de 4.225 contratos, com vencimento em junho. Além disso, passou a fazer a oferta adicional de 5 mil novos contratos ao longo do mês e não apenas ao final como estava previsto.

Análise

Mais cedo, o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia afirmou que a alta do dólar nos últimos dias é um movimento internacional de fortalecimento da moeda dos Estados Unidos e que isso tem ocorrido em todos os países emergentes. O Brasil não está imune a isso, afirmou Guardia, defendendo a manutenção da estratégia de ajuste fiscal do país.

Após participar da cerimônia de comemoração de dois anos do governo Temer, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, que também já foi presidente do Banco Central, atribuiu dois motivos para as recentes movimentações do câmbio, com altas sucessivas no preço do dólar. É normal por duas razões. Em primeiro lugar, a questão internacional. Os países emergentes em geral estão se movendo em função da mudança de perspectiva da economia monetária e taxa de juros americana. E no Brasil, nós temos cada vez mais essa questão eleitoral e ela começa a influenciar a expectativa do mercado, afirmou. E eu já dizia isso no ano passado: em um certo momento agentes econômicos começariam a olhar para as pesquisas, começariam a se preocupar, acrescentou.

Sobre as intervenções do Banco Central, Meirelles avaliou que elas estão sendo bem feitas. O BC tem que testar exatamente onde está, para onde vai o mercado. Depois não pode deixar faltar liquidez. Mas isso não está acontecendo, disse.

Agência Brasil

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