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Educação

Educação para por três dias e quase 400 mil ficam sem aulas

Professores aderem à paralisação nacional dos trabalhadores, que começa nesta terça e vai até quinta

Da Redação do Diamante Online

15/03/2016 às 12:54 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

Mais de 370 mil alunos da rede pública de ensino da Paraíba deverão ficar sem aulas durante três dias. Segundo representantes sindicais dos servidores da educação no Estado, a categoria aderiu à Paralisação Nacional da Educação convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). A paralisação começa hoje e será encerrada na próxima quinta-feira.

Entre os principais eixos de reivindicação da Paralisação Nacional está o cumprimento da lei do piso, o combate à terceirização, o posicionamento contrário à entrega das escolas às Organizações Sociais (Oss); o não parcelamento de salários; o enfrentamento à militarização de escolas públicas e a oposição a proposta de reorganização das escolas, segundo a CNTE.

Conforme o secretário de Comunicação do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação do Estado da Paraíba (Sintep), Edvaldo Faustino, as reivindicações nacionais se enquadram à realidade dos problemas pelos quais o sindicato estadual vem lutando.

Faustino disse ainda que o Sintep acrescenta à pauta nacional a luta pela rejeição à medida provisória (MP) 242 do governo do Estado, que congela salários e progressões de todos os servidores públicos estaduais. A MP 242 está prevista para ser votada hoje na Assembleia Legislativa, em João Pessoa.

Cerca de 300 mil alunos ficarão sem aulas no Estado. Na próxima quinta-feira representantes do Sintep se reunirão em assembleia geral para discutir a possibilidade de deflagar uma greve geral dos servidores da educação do Estado. A assembleia está agendada para acontecer às 16h na sede do sindicato, em João Pessoa.

O JORNAL DA PARAÍBA entrou em contato com a Secretaria de Estado da Educação para comentar o assunto, mas até o fechamento da edição não obteve nenhuma resposta.

EM JP E CG

Na rede municipal de ensino de João Pessoa a paralisação vai durar quatro dias, deixando aproximadamente 53 mil alunos longe das salas de aulas. Isso porque além de incorporar-se à Paralisação Nacional, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Município de João Pessoa (Sintem) decidiu realizar uma assembleia na próxima sexta-feira, também na sede do Sintep, para analisar os resultados da audiência agendada para acontecer hoje com o prefeito Luciano Cartaxo. “No caso específico de João Pessoa nós estamos pedindo um reajuste salarial de 11,32%”, frisou o presidente do Sintem-JP, Daniel de Assis.

Em Campina Grande são cerca de 35 mil alunos que ficarão sem aulas durante os três dias da paralisação nacional. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste da Borborema (Sintab), está previsto para acontecer hoje um ato público a partir das 9h, em frente à Secretaria Municipal de Administração.

“Iremos nos mobilizar e chamar a atenção da população para a pauta da educação no país”, frisou o presidente do Sintab, Nazito Pereira. Ainda conforme Nazito, em relação à greve dos servidores municipais da educação que foi deflagrada em fevereiro deste ano, não houve nenhum avanço.

Tanto a Secretaria Municipal de Educação de João Pessoa quanto a de Campina Grande informaram que não sabem precisar quantas unidades de ensino vão aderir à Paralisação Nacional, mas alertaram que posteriormente as aulas que deixaram de ser dadas ao longo dessa semana deverão ser repostas.

NA UEPB

Cerca de 22 mil alunos da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) ficarão sem aulas hoje em virtude da paralisação dos professores da instituição. Conforme informações da Associação dos Docentes da UEPB (Aduepb), o objetivo da paralisação é pressionar os deputados estaduais a rejeitarem a medida provisória 242 do governo do Estado. (Especial para o Jornal da Paraíba).

Jornal da Paraíba

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