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“Chorei muito. Toda mulher acha que a culpa é dela”, diz Marina Ruy Barbosa ao recordar assédio...

Apesar de ter apenas 20 anos, Marina Ruy Barbosa, capa da Marie Claire de Janeiro, já passou por traumas comuns às mulheres, como ser constrangida em uma situação de assédio.

Da Redação do Diamante Online

11/01/2016 às 22:48 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

Sentada no chão do fumódromo do Projac, único lugar que encontrou para fugir do ar condicionado fortíssimo dos estúdios onde grava diariamente a novela "Totalmente Demais", Marina Ruy Barbosa está de pernas cruzadas, calça cigarrete, chinelinhos azuis e uma blusa tão vermelha quanto os fios de cabelo presos no coque bagunçado. Há apenas dois anos, talvez a atriz carioca pudesse ser vista exatamente assim, só que no pátio da escola, em um intervalo entre as aulas. “Tenho apenas 20 anos”, frisou Marina em cinco momentos diferentes da entrevista de uma hora e meia que concedeu a Marie Claire.

Ela faz questão de ressaltar a pouca idade para que não cobrem dela postura de veterana. Porque há muito tempo Marina está na TV. Há uma década, quando tinha apenas 10 anos, assinou pela primeira vez contrato com a Globo. Eliza, sua atual mocinha das 19h, é seu 12º personagem na emissora. Em sua primeira novela de destaque, "Começar de Novo" (2005), atuou ao lado de Marília Pêra e Eva Wilma. Na segunda, "Belíssima" (2006), foi neta de Fernanda Montenegro. Oito anos e sete novelas depois, veio a Maria Ísis, de "Império" (2014), uma virada em sua carreira. Na trama de Aguinaldo Silva, a atriz mostrou que havia se tornado adulta e deu adeus aos papéis infantis. No lugar, veio uma personagem sensual, com direito a cenas quentes com Alexandre Nero, o galã da vez.

O processo de tornar-se mulher sob os holofotes, no entanto, não poupou Marina de passar por situações traumáticas, como as que sofre a maioria das brasileiras. Como nos relatos femininos que lotearam as redes sociais na campanha #primeiroassedio, a atriz também tem uma história de desrespeito machista para contar.
“Quando visto saia ou vestido nos eventos de trabalho, costumo usar um short por baixo para evitar cliques indiscretos. Numa das poucas vezes em que não fiz isso, um cara se aproximou fingindo ser jornalista. Ele estava com uma câmera e, sem que eu percebesse, filmou por baixo da minha saia. Pouco tempo depois, as imagens da minha calcinha estavam espalhadas na internet”, recorda. “Chorei muito, fiquei me culpando por não ter colocado o short, como sempre faço. Foi horrível, porque toda mulher acha que a culpa é dela. E não é!”

Inês Garçon

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