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Dólar recua e fecha na menor cotação do ano, abaixo de R$ 3,90

Moeda dos EUA perdeu 1,35% frente ao real, vendida a R$ 3,8877. Otimismo com estímulos na China pesou mais que incertezas no Brasil.

Da Redação do Diamante Online

02/03/2016 às 21:50 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

O dólar fechou em queda nesta quarta-feira (2), na menor cotação de 2016, dando continuidade às perdas da véspera. O quadro de incertezas no Brasil, que tende a fortalecer o dólar, foi ofuscado pelo otimismo com o anúncio de estímulos econômicos na China na segunda-feira.

O BC chinês cortou a taxa de compulsório dos bancos chineses para estimular o consumo no país. Isso vem alimentando a procura por ativos de risco nos mercados globais e, como efeito, ajuda a enfraquecer o dólar frente a outras moedas.

A moeda norte-americana caiu 1,35%, vendida a R$ 3,8877.

A última vez que o dólar fechou abaixo desde patamar foi no dia 29 de dezembro do ano passado, cotado a R$ 3,8769. No ano, a moeda norte-americana recua 1,52%.

Acompanhe a cotação ao longo do dia:

Às 9h19, queda de 0,05%, a R$ 3,9388.
Às 9h39, queda de 0,55%, a R$ 3,9194.
Às 9h50, queda de 0,59%, a R$ 3,9178.
Às 10h20, queda de 0,51%, a R$ 3,9207.
Às 11h, queda de 0,46%, a R$ 3,9226.
Às 12h10, queda de 0,52%, a R$ 3,9204.
Às 12h30, queda de 0,88%, a R$ 3,9062.
Às 12h50, queda de 0,90%, a R$ 3,9054.
Às 13h38, queda de 1,24%, a R$ 3,8921.
Às 14h, queda de 1,15%, a R$ 3,8957.
Às 15h20, queda de 1,24%, a R$ 3,8922
Às 16h09, queda de 1,11%, a R$ 3,8970.

Operadores ressaltaram, porém, que o ambiente interno de incertezas políticas e econômicas tende a deixar as cotações voláteis. Além disso, o forte tombo da sessão passada abriu espaço para ajustes de portfólio.

"O ímpeto vendedor (de dólares) continua forte desde o início da semana, mas nem todo mundo está convencido de que essas cotações baixas vão durar, então podemos ver alguma volatilidade", disse o operador de uma corretora internacional à Reuters.

O corte na taxa de compulsório dos bancos da China na segunda-feira vem alimentando a demanda por ativos de risco nos mercados globais, mesmo diante da leva de dados fracos e após a Moodys piorar sua perspectiva para a nota de crédito do país.

O bom humor ganhou um pouco mais de força no final da manhã, quando os preços do petróleo voltaram a subir, mantendo vivas as esperanças de que o mercado já atingiu o piso, apesar dos estoques recordes nos Estados Unidos.
Incertezas no Brasil

O mercado brasileiro tem sido bastante influenciado também por fatores locais, especialmente no campo político. Alguns operadores estão vendendo dólares, apostando que teria crescido a chance de mudança no governo via impeachment da presidente Dilma Rousseff, algo que acreditam ser positivo.

Outros investidores entendem que as incertezas geram um quadro desfavorável ao ajuste macroeconômico. "No fundo, o noticiário político é o que dá o tom. O mercado está muito sensível, tem muito boato, muito rumor", disse o operador da corretora Intercam Glauber Romano à Reuters.

Véspera

Na véspera, o dólar perdeu 1,55%, a R$ 3,9411, interrompendo dois dias de alta e fechando no menor nível em três semanas.

Intervenções do BC

Nesta manhã, o Banco Central promoveu mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em abril, vendendo a oferta total de 9,6 mil contratos. Ao todo, o BC já rolou US$ 936 milhões, ou cerca de 9% do lote total, que equivale a US$ 10,092 bilhões.

G1

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