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62% dos jovens têm hábitos de risco na internet

A pesquisa mostrou que, diante do perigo, os adolescentes procuram mais os amigos do que os pais e professores para contar.

Da Redação do Diamante Online

10/06/2016 às 17:07 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

A pesquisa ‘Crescendo on-line’, divulgada esta semana pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) indicou que 94% dos brasileiros acreditam que os jovens correm risco de serem abusados sexualmente ou explorados, na internet. Mais de 62% dos entrevistados acham que seus amigos têm comportamento de risco ao usar a internet. Nos Estados Unidos, esse número cai para 33%. O estudo internacional ouviu a opinião de jovens com 18 anos de idade. O objetivo era conhecer as perspectivas de quem cresce em um mundo cada vez mais conectado.

Emilly Gonçalves, 16, contou que usa muito a internet, mas, tem receio. “Por trás da tela, a gente não sabe se a pessoa está bem intencionada ou não. Nunca sofri nenhum tipo de assédio, mas a gente fica meio assustada em como lidar. Eu procuraria minha mãe”, disse.

A colega, Vitória Almeida, 16, narrou que já recebeu cantada de homem mais velho. “Eu o conhecia de vista. Deletei e contei para minha mãe. Sempre digo para as minhas amigas se isso acontecer, deletar e bloquear. Mas, sempre conto primeiro para os amigos e meu padrinho de crisma. Se a gente não sabe quem é, não deve nem aceitar convite em rede social”, relatou.

“A internet ajuda a fazer amizades. Mas, tem que ter cuidado, procurar saber quem é a pessoa, se tem amigo em comum. Já vivenciei uma situação estranha, mas, quando desconfiei, já bloqueei a pessoa. Não contei para ninguém porque não achei importante”, disse Daniel Augusto, estudante.

A pesquisa mostrou que, diante do perigo, os adolescentes procuram mais os amigos do que os pais e professores para contar.

O diretor associado de Proteção Infantil do Unicef, Cornelius Williams, comenta a pesquisa: “Globalmente, um em cada três usuários de internet é criança. Os resultados de hoje fornecem importantes insights dos jovens. O Unicef espera amplificar a voz dos adolescentes para ajudar a resolver a violência, a exploração e o abuso online e assegurar que possam tirar o máximo proveito dos benefícios que a internet e o telefone celular oferecem”.

Incentivando atitudes positivas

Durante todo o mês, o Unicef divulgará informações que incentivem atitudes positivas dos adolescentes no uso seguro da internet. A ação é uma parceria com o Google e a ONG Safernet, com objetivo de prevenir a violência online. Também há contribuição da Aliança Global WeProtect, que combate a exploração sexual de crianças na internet. As organizações pedem aos governos de cada país que estabeleçam respostas coordenadas entre sistemas de justiça penal, a aplicação da lei, os setores de bem-estar infantil, educação, saúde e tecnologia da informação e comunicação (TIC) e a sociedade civil.

No Brasil

86% afirmam saber como evitar riscos da internet.

80% dizem que sabem lidar com pessoas que fazem comentários indesejados ou pedidos online sobre sexo.

72,5% parecem valorizar mais, quando estão on-line, conhecer pessoas.

36% acreditam fortemente poder dizer quando as pessoas on-line estão mentindo sobre quem são.

86% disseram que contariam a um amigo se eles se sentissem ameaçados on-line.

83% disseram que contariam a seus pais.

46% disseram que contariam a um professor.

Correio da Paraíba

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