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Sindicato dos Médicos da PB reivindica política de saúde baseada em carreira de estado

O SIMED-PB considera que o Mais Médicos deveria ser utilizado de forma complementar, somente depois de esgotada a capacidade de assistência dos médicos de carreira.

Da Redação do Diamante Online

15/11/2018 às 20:54 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

Após o anúncio da decisão de Cuba em se retirar do Programa Mais Médicos, o Sindicato dos Médicos da Paraíba (SIMED-PB) emitiu uma nota sobre o caso. No documento, a diretoria do Sindicato afirma que a categoria busca uma política de saúde baseada em carreira de Estado, para conseguir a garantia de assistência.

Além disso, o SIMED-PB considera que um programa como o Mais Médicos deveria ser utilizado de forma complementar, somente depois de esgotada a capacidade de assistência dos médicos de carreira na atenção básica. A diretoria do sindicato entende que “os interesses revelados nessa decisão abrupta demonstram a fragilidade de programas supostamente mágicos para resolver problemas perenes e que exigem responsabilidade e manutenção ininterrupta”.

De acordo ainda com a nota, o SIMED-PB argumenta que existem médicos suficientes no país para atender a demanda. O sindicato garantiu que estará alerta para que as vagas abertas com a saída de Cuba do programa sejam ocupadas por médicos formados no Brasil ou que tenham seus diplomas revalidados. De acordo com o sindicato, a atenção é necessária para garantir segurança aos pacientes.

Confira a nota:

Nota SIMED-PB Sobre a saída dos médicos cubanos do PROGRAMA MAIS MÉDICOS.

O SIMED - PB vem, através desta, se pronunciar acerca da decisão do governo cubano quanto à retirada dos seus médicos do referido programa:

1- Médicos brasileiros há décadas lutam por uma política de saúde baseada em carreira de estado, garantindo assim, assistência e perenidade à atenção pública em saúde.

2 - Os interesses revelados nessa decisão abrupta demonstram a fragilidade de programas supostamente mágicos para resolver problemas perenes e que exigem responsabilidade e manutenção ininterrupta.

3 - Para quem não conhece a realidade do médico brasileiro em relação a calotes e atrasos salariais, nada mudou em 2018. A falta de certeza e clareza nos vínculos públicos e contratos leva à falta de incentivo para a captação de mão de obra nos rincões deste grande país.

4 - O número de médicos do Brasil, que tem o maior número de escolas médicas do mundo, é suficiente para atender tal demanda.

5 - Nos manteremos alertas para que a população não seja prejudicada e para que as vagas sejam repostas por médicos formados no Brasil ou com diplomas revalidados, garantindo segurança aos pacientes e acesso a profissionais testados e aprovados na forma da lei.

6 - Outrossim, lembramos que o financiamento público da saúde, as resoluções dos problemas da rede assistencial e os gargalos em estrutura, exames e medicamentos caminham em companhia com as dificuldades de assistência e necessitam da mesma atenção.

7-Por fim, o Programa Mais Médicos deve ser entendido como uma forma de assistência médica complementar, após esgotada a capacidade de assistência dos médicos de carreira na atenção básica, carreira essa que se busca ser de Estado.

Somos e sempre seremos solidários aos colegas médicos e aos milhares de paciente do SUS que necessitam da nossa atenção e são a razão de nossa existência.

Sindicato dos Médicos do Estado da Paraíba

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