“A primeira vez que tomou conhecimento desses fatos foi no início do mês de junho de 2014 antes das convenções do PMDB nas eleições do referido ano; que soube dos fatos durante reuniões ocorridas na residência do senador Renan Calheiros, em Brasília, na época então presidente do Senado; que soube desses fato por meio de senadores do PMDB que estavam presentes na residência do senador Renan Calheiros; que ao que se recorda os senadores presentes nas reuniões eram: Renan Calheiros, Jader Barbalho, Carlos Eduardo Braga, Romero Jucá, Eunício Oliveira, Vital do Rêgo, Edison Lobão e Waldir Raupp.”
“Várias foram as reuniões ocorridas em Brasília durante seguidas semanas; que o que se falava nas reuniões era que sem o apoio de uma maioria do PMDB, o PT teria perdido apoio do partido, e a coligação da candidata Dilma não teria sido referendada; que na ocasião o PT sabia dessa divisão dentro do PMDB, de sorte que não procurou o partido, mas sim um bloco, de senadores que exercia influência e controle notadamente em seus estados.”
“A confirmação sobre o pagamento dos 40 milhões a bancada do senado do PMDB realizada a pedido do PT, ocorreu por Ricardo Saud reservadamente junto ao depoente no interior da residência do senador Renan Calheiros; que se recorda que essa conversa se deu entre os meses de setembro e outubro de 2014.”
Ao falar sobre o assunto em sua delação, Ricardo Saud disse à PGR que pagou R$ 9,9 milhões a Renan Calheiros por meio de doações eleitorais e contratos fictícios com empresas. O alagoano teria recebido a maior fatia da propina prometida ao grupo do MDB no Senado.