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Paraíba

Vereadores de Câmara na PB negociam casa em troca de apoio em eleição

Parlamentar foi ouvido no último dia 2 pelo delegado Állan Terruel

Da Redação do Diamante Online

23/09/2020 às 12:48 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

Uma casa também foi colocada como ‘moeda de troca’ em suposta negociação de vantagem indevida, na eleição para o primeiro e segundo biênio de 2017 da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Imaculada, cidade do Sertão paraibano. A afirmação é do vereador Charles Pereira, feita durante depoimento comandado pelo delegado Állan Terruel, no dia 2 de setembro.

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O Paraíba Já teve acesso com exclusividade as investigações do Ministério Público e da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), onde apontam que além dos R$ 84 mil negociados inicialmente pela chapa composta para o segundo biênio, que tinha como concorrente o vereador Gilberto do Nascimento, conhecido como Gilberto de Santo Aleixo, uma casa também teria sido oferecido aos parlamentares da Câmara, visando o apoio na eleição.

O documento da casa, conforme o vereador Charles Pereira, que é o denunciante das negociações ao Ministério Público, estaria em poder do candidato a vice-presidente da Câmara da chapa de Gilberto, Alan da Palmeira, e seria colocada como moeda de troca para as angariações dos votos dos parlamentares.

Entenda o caso
Em 2017, no início da legislatura atual, vereadores de Imaculada começaram a se articular para eleger aqueles que iriam assumir a presidência da Câmara Municipal. No dia do pleito, foram eleitos os presidentes para o primeiro biênio, o vereador Oliveira Vieira Filho, mais conhecido como Vieirinha, e para o segundo biênio, o vereador Gilberto do Nascimento, conhecido como Gilberto de Santo Aleixo.

Até aí, tudo estava saindo com articulado pelos dois parlamentares. Porém, a eleição de Gilberto foi anulada após Charles acionar o Ministério Público e a Justiça com uma ação popular, que foi acatada pelos órgão, que anulou a chapa de Gilbeto e determinou a realização de uma nova eleição em 2018, às vésperas do início do segundo biênio.

Quando uma nova eleição estava prestes a ser realizada, Gilberto e Alan procuraram Vieirinha para garantir o apoio no pleito. O então presidente impôs uma condição para apoiar seus colega, que seria a manutenção da locação de um veículo modelo GM/Ônix, da empresa Lokarros, sediada em Patos, no valor de R$ 3,5 mil por mês.

Os vereadores aceitaram a imposição. O então presidente da Casa Legislativa, pediu para que Gilberto e Alan, cada um, assinassem 12 promissórias como garantia. Porém, no dia da votação, Vieirinha teria quebrado o acordo e resolvido apoiar outro vereador, o José Ribamar Firmino Silva, mais conhecido como Ribinha, filho do ex-prefeito da cidade, José Ribamar. No dia da eleição, este foi eleito.

Mais escândalos
A suposta compra de votos não foi o único escândalo envolvendo o nome de Gilberto de Santo Aleixo. Em maio de 2020 o vereador encaminhou um vídeo onde supostamente aparece se masturbando, em um grupo do aplicativo WhatsApp, que é composto por moradores de Imaculada.

No grupo intitulado ‘Santo Aleixo PB On’, um contado identificado pelo no de Gilberto Vieira em um print, aparece encaminhando um vídeo, onde é possível ver parte do órgão sexual masculino. O vídeo viralizou na cidade. O fato inusitado aconteceu em 20 de maio deste ano.

ResumoPB

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