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Paraíba

Polícia desvenda morte do tenente com a prisão do filho de sargento, na Paraíba

Depois de ser apresentado à imprensa, Joanderson foi levado para o IPC, onde foi submetido ao exame de corpo de delito

Da Redação do Diamante Online

12/02/2016 às 10:27 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

A Polícia Civil da Paraíba, por meio da Delegacia de Crimes Contra Pessoa (Homicídios) de João Pessoa, apresentou à imprensa na noite desta quarta-feira (10) o terceiro suspeito de ter participado do homicídio contra o 1º tenente da Polícia Militar do Estado, Ulysses Costa, registrado na noite de quinta-feira (4), no bairro de Mangabeira, na Capital. Ele se apresentou no início da tarde na Central de Polícia e foi preso depois de prestar depoimento. Com isso, o inquérito policial foi concluído.

Joanderson Pereira de Sousa, 21 anos, conhecido como ‘Bimbo’, estava com prisão decretada desde a sexta feira (5). Ele é suspeito de ter disparado a arma, um revólver calibre 38, que atingiu com um tiro nas costas o tenente Ulysses. A arma utilizada para o crime, conforme comprovação do exame de confronto balístico com análise microscópica do projétil, foi apreendida na casa do pai de Joanderson, o sargento da Polícia Militar Jailton Santos Pereira, que foi autuado e preso como partícipe do crime. Ele está recolhido no 5º Batalhão da Policia Militar.

“Desde a noite do fato, os policiais da Delegacia de Homicídios da Capital vem trabalhando para dar esta resposta não só para a família do tenente e da briosa Policia Militar, mas também para toda sociedade paraibana. Conseguimos chegar a todas as pessoas envolvidas com o crime, graças ao trabalho de investigação e o aparato da polícia científica, que relacionou a arma do crime com o projétil extraído do corpo da vítima e aí a prova técnica não mente. Com base nisso, pedimos os mandados de prisão para o sargento e para o filho dele, Joanderson, que hoje durante o depoimento contou uma versão dos fatos totalmente contrária a tudo que foi produzido nos autos. Então não há dúvida nenhuma da participação dele na morte do tenente Ulysses”, disse o delegado de Homicídios, Reinaldo Nóbrega.

Joanderson foi reconhecido pelos policiais que estavam acompanhando o tenente Ulysses na hora do crime como sendo uma das pessoas que atiraram na direção deles durante a ação policial. Ele estava foragido desde o dia do homicídio e se apresentou no início da tarde desta quarta-feira na Central de Polícia acompanhado de advogados, sendo preso depois de prestar depoimento.

O outro suspeito de ter participado do crime, José Adriano Ferreira, 26 anos, conhecido como ‘Drica’, foi preso em flagrante horas depois do homicídio. Ele está recolhido no Presídio do Roger. Com a prisão dos três suspeitos a polícia conclui a investigação. “As Policias Civil e Militar estão de parabéns pelo empenho. Nós não podemos deixar de reconhecer que este fato feriu o Estado. Neste momento, com a apresentação dos nomes de todos os envolvidos, das provas técnicas e testemunhais contra estes três indivíduos que ceifaram a vida do tenente Ulysses, é possível concluir as investigações desse caso”, destacou o secretário da Segurança e da Defesa Social, Claudio Lima.

O comandante da Polícia Militar, coronel Euller Chaves, também falou sobre o trabalho de integração das polícias para solução do caso: “ Sem dúvida que a integração foi fundamental. O trabalho realizado pela Delegacia de Homicídios, em conjunto com policiais militares, contribuiu para dar uma resposta concreta. Este cidadão que aqui está se apresentou porque sabia que não tinha outro caminho. Então as pessoas que trabalharam para isto estão de parabéns porque contribuíram para promover a justiça. Apresar de não termos mais o tenente Ulysses de volta, há um sentimento de que a justiça está sendo feita e esperamos agora que os envolvidos no crime paguem pelo que cometeram, inclusive, o sargento responderá no conselho de disciplina para possivelmente ter a perda da graduação”, ressaltou o comandante Euller.

Depois de ser apresentado à imprensa, Joanderson foi levado para o IPC, onde foi submetido ao exame de corpo de delito e em seguida encaminhado para o Presídio PB1, onde deve permanecer aguardando pela sentença da Justiça

Secom

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