Menu
Paraíba

Relação entre vírus da zika e microcefalia será pesquisada na PB

Técnicos do CDC norte americano devem chegar ao estado no fim do mês. Paraíba tem 95% de cobertura da natalidade e pesquisas desenvolvidas.

Da Redação do Diamante Online

12/02/2016 às 08:00 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

Um acordo de cooperação internacional entre o Ministério da Saúde, Governo da Paraíba e o Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos (CDC) foi firmado para investigar a relação do vírus da zika com a microcefalia. Até o fim do mês, técnicos do CDC norte-americano devem chegar ao estado para trabalharem com pesquisadores locais no estudo.

Uma reunião entre representantes do Ministério da Saúde e da Embaixada dos Estados Unidos com o governador Ricardo Coutinho e gestores da Saúde estadual, foi realizada na tarde desta quinta-feira (11) no Palácio da Redenção em João Pessoa, sede oficial do Governo da Paraíba. O Governo do Estado e o CDC norte-americano irão trabalhar juntos para identificar casos e fatores associados entre o vírus da zika e a microcefalia.

"Uma criança que nasce em uma cidade do interior da Paraíba e que tem uma suspeita, uma confirmação caso de microcefalia, ele vem para uma das maternidades que integram essa rede, hoje são 21 maternidades que integram. Na maternidade, a equipe local da maternidade avalia a criança com o apoio de médicos especialistas, que ajudam na condução deste caso através de telemedicina. Esse trabalho é único no momento dentro do Brasil, inclusive está sendo avaliado pelo Ministério da Saúde e por alguns parceiros internacionais para ver se esse modelo seria um modelo interessante para ser expandido daqui da Paraíba para outros estados", disse Sandra Matos, coordenadora da pesquisa na Paraíba.

Conforme a Secretaria de Estado da Saúde, Roberta Abath, a Paraíba vai utilizar a estrutura existente no estado e foi escolhido porque tem 95% de cobertura da natalidade e os primeiros casos relacionando o vírus da zika à microcefalia foram diagnosticados no estado.

Além disso, conforme ela, a Paraíba já vem desenvolvendo uma pesquisa de cardiopatia que será ampliada para neurologia relacionada à Zika. Roberta Abath informou que a pesquisa foi publicada, inclusive, no site da Organização Mundial da Saúde, chamando atenção de países como Austrália, Japão e Estados Unidos.

A pesquisa citada pela secretaria pode ser conferida no site da Organização Mundial de Saúde.

Desenvolvimento da vacina
O ministro da Saúde, Marcelo Castro, anunciou nesta quinta-feira (11) uma parceria firmada entre o Instituto Evandro Chagas, sediado em Belém, e a Universidade do Texas, nos Estados Unidos, para desenvolver uma vacina contra o vírus da zika.

Segundo ele, a experiência das instituições pode encurtar o prazo de formulação do produto em laboratório para um ano. Depois, a vacina deve ser testada em animais e humanos por mais dois anos, antes de o imunizante ser aplicado em grande escala, de acordo com o ministro.

“O acordo que assinamos hoje é um passo importante para o desenvolvimento de uma vacina para o vírus Zika. A previsão inicial é que os pesquisadores brasileiros e americanos concluam o imunizante nos próximos dois anos. A Universidade do Texas Medical Branch foi escolhida por ser um dos principais centros mundiais de pesquisas de arbovírus, e um dos mais especializados no desenvolvimento de vacinas. Assim como o Instituto Evandro Chagas, que também é referência mundial como centro de excelência em pesquisas científicas”, afirmou o ministro da Saúde, Marcelo Castro.

G1

Anúncio full