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Paraíba

Quarta fase da Operação Andaime vai alcançar 80 municípios da PB

Nesta sexta-feira (26), às 10 h, o procurador-geral de Justiça do Ministério Público da Paraíba (MPPB), Bertrand de Araújo Asfora, concede entrevista à imprensa

Da Redação do Diamante Online

26/02/2016 às 13:34 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

A quarta fase da Operação Andaime, criada para desarticular empresas fantasmas que fraudavam licitações em Prefeituras Municipais, podem ser alcançados 80 municípios paraibanos.

Nesta sexta-feira (26), às 10 h, o procurador-geral de Justiça do Ministério Público da Paraíba (MPPB), Bertrand de Araújo Asfora, concede entrevista à imprensa e anuncia data de realização da operação, cujo trabalho é realizado em parceria com a Polícia Federal, o Ministério Público Federal, Controladoria Geral da União, Gaeco e a Polícia Militar.

Bertrand Asfora compara a Operação Andaime a Operação Laja Jato, que descobriu esquema de corrupção na Petrobras. "A Operação Andaime é a Laja Jato da Paraíba", disse sem querer adiantar se vai haver mais prisões. O procurador-geral de Justiça do MP detalhar as ações desenvolvidas na terceira fase da "Operação Andaime", deflagrada no dia 18 de fevereiro quando seis pessoas foram presas, entre as quais a prefeita de Monte Horebe, Cláudia Dias, e seu marido, Fábio Barreto. Também foram cumpridos cinco conduções coercitivas e 27 mandados de busca e apreensão nos municípios paraibanos de Cajazeiras, Monte Horebe, Bonito de Santa Fé e Uiraúna.

Na terceira fase da Andaime foi comprovada a existência de uma organização criminosa do colarinho branco levada a cabo por Francisco Justino do Nascimento, vulgo “Deusimar”, sua esposa, Elaine da Silva Alexandre, vulgo “Laninha”, e seus demais familiares, com o objetivo de fraudar licitações públicas em diversos municípios da Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte, mascarar desvios de recursos públicos em favor próprio e de terceiros, lavar o dinheiro público desviado e fraudar os fiscos federal e estadual, tudo através das empresas “fantasmas” Servcon Construções Comércio e Serviços Ltda. – EPP, nome fantasia “Construtora Servcon” (CNPJ 10.997.953/0001-20), e Tec Nova – Construção Civil Ltda. – ME (CNPJ 14.958.510/0001-80).

Segundo as investigações, os núcleos criminosos instalados nos municípios contratavam os serviços de Francisco Justino, que através de suas empresas “fantasmas” participava das licitações e fornecia toda a documentação legal para dar esteio à despesa pública, sendo Francisco Justino remunerado por esse serviço em valor variável entre 2% a 8% do valor da nota fiscal.

No Município de Monte Horebe, por exemplo, havia os seguintes operadores: Eloízio Dias Guarita, Mário Messias Filho, Francisco Antônio Fernandes de Sousa (Antônio Popo) e Francisco Moreira Gonçalves (Didi da Licitação). Para executarem diretamente os contratos dessas empresas, contaram com a efetiva participação de Fábio Barreto Ferreira e Erivaldo Jacó de Sousa, tendo como parâmetro temporal os mandatos de Erivan Dias Guarita e Cláudia Aparecida Dias. Cláudia passou a executar diretamente o contrato de coleta de resíduos sólidos, por meio das empresas Construtora Servcon (CNPJ 10.997.953/0001-20) e Lorena & Adria Construções, Comércio e Locações Ltda. – ME (CNPJ 15.407.975/0001-06), cedidas ilicitamente por Francisco Justino e por Francisco Antônio Fernandes de Sousa

Antônio Popo

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