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Paraíba

Águas do São Francisco serão distribuídas logo que chegarem na Paraíba

"A previsão é que em 2017 cheguemos à tão sonhada segurança hídrica, se contarmos com as liberações financeiras do Governo Federal”, disse João Azevedo

Da Redação do Diamante Online

23/03/2016 às 16:32 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

“Se as águas da transposição do Rio São Francisco chegassem hoje na Paraíba, já iriam ser distribuídas”. Foi o que garantiu o secretário de Recurso Hídricos, do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia da Paraíba, João Azevedo, que participou ontem da abertura da Semana de Mobilização em Defesa da Água, no auditório do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba - IFPB. O evento é alusivo ao 22 de março, Dia da Água.. Ele explicou que, para receber as águas do São Francisco, serão utilizados os sistemas existentes. “Precisamos melhorar para a transposição. Estamos concluindo a ampliação do sistema e a construção em cidades que ainda não têm. A previsão é que em 2017 cheguemos à tão sonhada segurança hídrica, se contarmos com as liberações financeiras do Governo Federal”, acrescentou.

O projeto do sistema da Borborema, que pega água de Monteiro e leva a Picuí, no Curimataú, está pronto e será licitado para iniciar a construção. São 680 km de extensão de adutoras só nesse sistema que irão distribuir as águas ao longo de todo o estado. “Quando a transposição chegar, tem adutora que pega água do São Francisco, outras não”.

Com a falta de chuva, ele disse que a perspectiva para os próximos anos é preocupante. “Nós temos um problema muito sério, realmente. Enquanto a estrutura de abastecimento d’água para nossa população tiver como única fonte de abastecimento a chuva, vamos ficar nessa situação que não é tão confortável”, declarou. Com a conclusão das obras da transposição, previstas para o final desse ano, início de 2017, o estado poderá mudar essa realidade. “Isso vai permitir que tenhamos, para as populações urbanas, a tão sonhada segurança hídrica, porque a transposição trará isso para que possamos fazer a distribuição dessas águas em todas as cidades”, disse.

Transposição diminui. Apesar de ser a grande esperança de garantir água para a população que hoje sofre com a estiagem, a transposição não vai resolver o problema, de acordo com o secretário. “É claro que isso não encerra um processo. As pessoas podem pensar que, com a transposição, acaba o problema do abastecimento, mas não é bem assim”, lembrou. Segundo ele, a transposição tem um foco claro que são as populações urbanas. Fora estas, existem as pessoas que vivem nas áreas ruraiss. Essas terão, obrigatoriamente, que continuar sendo objetos de programas como Água para Todos, Água Doce. Ele disse que há regiões do estado onde não há chuva ou as precipitações são muito baixas, 300 a 400 milímetros por ano, e não têm água de qualidade subterrânea.

“A água é um elemento não renovável e já falta na Paraíba. Em muitas cidades, o sistema está em colapso e quando usamos essa expressão é porque parou: ou não tem água em quantidade ou, em função de ter sido reduzida, a qualidade fica prejudicada”. disse Jorge Gurgel.

Correio da Paraíba

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