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Paraíba

Número de roubos seguidos de morte cresce na Paraíba

Nós temos uma das menores taxas de mortes em ações policiais no Brasil e iremos trabalhar para que isso diminua ainda mais, afirmou o major.

Da Redação do Diamante Online

10/08/2018 às 12:14 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

A Paraíba registrou alta nos crimes de roubo e furtos de veículos, latrocínio e mortes decorrentes de intervenções policiais, segundo evidenciou o Anuário de Segurança, publicado nesta quinta-feira (9) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Conforme o Fórum, o Anuário, que compila informações de 2016 e 2017, existe com o objetivo de suprir a falta de conhecimento confiável no campo da segurança pública, analisando dados de registros policiais sobre criminalidade, informações sobre o sistema prisional e gastos com segurança pública.

Latrocínio e roubos de veículos

O Anuário mostrou que houve alta de 14,4% nos registros de latrocínio (roubo seguido de morte) na Paraíba. O estado havia contabilizado 33 ocorrências em 2016 e somou 38 em 2017.

Quanto ao roubo e furto de veículos, o estudo mostra que a Paraíba também registrou alta de 6,5% dessa modalidade de crime, saltando de 4.944 casos em 2016 para 5.267 em 2017.

Mortes envolvendo as polícias

O estudo também mostrou que os casos de morte durante ações das polícias Civil e Militar tiveram alta de 35,5% entre 2016 (22 casos) e 2017 (30 casos). Porém, entre todos os estados, a Paraíba é o quarto com menor índice nacional.

Além disso, o estudo relata números sobre mortes de policiais em serviço, saindo de sete em 2016 para seis em 2017, uma queda de 14,3%.

Para o major Vinícius César Moura Santana, da Polícia Militar, as mortes ocasionadas em intervenções das polícias representam um número pequeno quando comparadas aos homicídios gerais. Ele acrescentou que a Segurança vem tentando diminuir ainda mais a estatística.

A gente tem uma política pública que é o Paraíba Unida Pela Paz, que valoriza a vida dos policiais e de toda a população. Também entendemos que é inerente à atividade policial a situação de confronto, que afeta criminosos e policiais, inclusive com mortes. Mas, comparando com outros estados, nós temos uma das menores taxas de mortes em ações policiais no Brasil e iremos trabalhar para que isso diminua ainda mais, afirmou o major.

Ainda conforme o estudo, o estado também registrou queda em índices relacionados a homicídio doloso, mortes violentas intencionais, lesão corporal seguida de morte, policiais vítimas de homicídios em serviço, mortes a esclarecer, estupros e tentativas de estupro, crimes contra mulheres e apreensão de armas.

Mortes

O Anuário também relaciona o quantitativo de mortes violentas intencionais registradas no estado, contabilizando 1.324 casos em 2016 contra 1.286 em 2017, uma queda de 2,8%. Veja abaixo outros índices sobre mortes trazidos pelo estudo.

Homicídios dolosos (com intenção de matar) por número de vítimas: 1.280 em 2016 contra 1.242 em 2017, queda 2,9%;

Homicídios dolosos (com intenção de matar) por número de ocorrências: 1.248 em 2016 contra 1.207 em 2017, queda de 3,2%;

Lesão corporal seguida de morte: 11 casos em 2016 e seis em 2017, queda de 45,8%;

Mortes a esclarecer: 11 casos em 2016 contra três em 2017, queda de 72,9%;

Estupro e tentativas

Conforme os dados, também houve queda no registro de casos de estupro e tentativa de estupro na Paraíba. Em 2016, foram 464 casos de estupro registrados contra 365 em 2017, uma queda de 21,8%.

Com relação a tentativas de estupro, o Anuário mostra que houveram 18 tentativas em 2016 contra 20 em 2017, um aumento de 10,4%.

Crimes contra mulheres

Outros índices com queda de registros foram os crimes relacionados às mulheres. Um deles foi o feminicídio, que registrou 24 casos em 2016 contra 22 em 2017, uma queda de 8%.

Já o homicídio contra mulheres saiu de 97 casos em 2016 contra 76 em 2017, queda de 22%. Outro índice em queda foi a lesão corporal dolosa, indo de 2.122 em 2016 para 2.014 em 2017, queda de 5%.

Armas

O estudo também registrou queda na quantidade de armas apreendidas em toda a Paraíba. Com a Segurança Pública Estadual, foram 3.477 armas em 2016 e 3.462 em 2017, que da de 0,5%.

Pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), foram 32 armas apreendidas em 2016 contras 27 em 2017, queda de 15%; e sobre porte ilegal de arma de fogo houve uma queda de 1,3%, saindo de 938 em 2016 para 925 em 2017.

Investimento na segurança

O relatório também mostrou alta de investimentos na Segurança Pública do Estado, saltando de R$ 1.159.409.487,24 em 2016 para R$ 1.166.974.974,54, aumento de 0,65%.

Sistema prisional

Sobre o sistema prisional, o estudo evidenciou que a Paraíba possuía, entre 2014 e 2015, 11.373 detentos nas cadeias e presídios e mais 29 detentos sob custódia de policiais. Porém, o estado contabilizava 5.241 vagas, evidenciando uma superlotação.

O secretário executivo de Segurança Pública e Defesa Social do Estado, Jean Francisco afirmou que a assessoria da Secretaria vai comparar os dados do Anuário com os internos para que possa se posicionar sobre o documento.

Brasil

Apenas em 2017, o Brasil registrou 63.880 mortes violentas, o maior número de homicídios da história recente do país. Os dados indicam que foram assassinadas 175 pessoas por dia, registrando elevação de 2,9% em comparação a 2016. A taxa é de 30,8 mortes para cada 100 mil habitantes.

Os casos de estupro aumentaram 8,4% na comparação com o ano anterior, chegando a 60.018.

O Rio Grande do Norte (68) registrou a maior taxa de mortes violentas, por 100 mil habitantes, seguido por Acre (63,9) e Ceará (59,1). As menores taxas estão em São Paulo (10,7), seguida de Santa Catarina (16,5) e Distrito Federal (18,2).

Portal Correio

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