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Paraíba

Justiça torna réus prefeito e ex-prefeito de Cabedelo em nova denúncia na Xeque-Mate

O Gaeco pediu a cassação de Vitor Hugo.

Da Redação do Diamante Online

18/08/2021 às 19:42 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

O atual prefeito de Cabedelo, Vitor Hugo (DEM), o ex-prefeito, Leto Viana, e mais 18 pessoas se tornaram réus após a 1ª Vara Mista de Cabedelo, por meio do juiz Henrique Jorge Jácome de Figueiredo, aceitar denúncia oferecida pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) no âmbito da Operação Xeque-Mate.

Conforme o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), em denúncia feita no mês de abril deste ano, o grupo estaria envolvido em suposto esquema de fraude nas contratações de servidores fantasmas na Câmara Municipal de Cabedelo. O Gaeco pediu a cassação de Vitor Hugo.

O gestor cabedelense respondeu que respeita o MPPB, contudo acredita na Justiça. “Todos os vereadores têm direito, por lei, a seus assessores. Assim, à época que eu era vereador, também tinham o direito e eles trabalhavam à disposição do meu gabinete”, justificou na época.

Também são alvos da ação, além de Vitor Hugo e Leto Viana, a ex-primeira-dama Jaqueline França, os ex-vereadores Lúcio José do Nascimento, Antônio Bezerra do Vale Filho, Francisco Rogério Santiago Mendonça, Belmiro Mamede da Silva Neto, Rosivaldo Alves Barbosa, Tércio de Figueiredo Dornelas Filho, Júnior Datele, Antônio Moacir Dantas Cavalcanti Júnior, Reinaldo Barbosa de Lima e Fabiana Maria Monteiro Régis, além de Leila Viana, André Franklin, Gleuryston Vasconcelos Bezerra Filho, Adeildo Bezerra Duarte, Lindiane Mirella Alves de Medeiros e Marlene Alves da Cruz.

“Em linhas gerais, o esquema consistente no reiterado cometimento de crimes de Peculato-Desvio no seio da Câmara Municipal, por intermédio de funcionários fictícios, dependia da prática orquestrada, por vários atores, de um conjunto de atos finalisticamente relevantes para a consumação de cada um dos delitos, garantindo-se o sucesso da empreitada criminosa”, diz a denúncia.

De acordo com o apurado, enquanto Lúcio José do Nascimento era presidente da Câmara de Vereadores, a Casa “funcionava como órgão público cuja folha de pagamento mensal era usada para o desvio de dinheiro público através de funcionários fantasmas, encontrando-se, inclusive, em situação de subserviência aos interesses de Leto Viana, bem como de outros membros da empresa criminosa”.

Vitor Hugo teria envolvimento direto no grupo criminoso, cometendo diversos delitos, apontam a Polícia Federal e o Ministério Público. Segundo deleção de Leto, o atual prefeito de Cabedelo recebia dinheiro ilícito, dolosa e continuamente, desde o inicio do seu mandato, para integrar a base de apoio daquele no Poder Legislativo cabedelense.

A investigação apurou que, assim como os outros vereadores integrantes da base aliada de Leto, Vitor tinha um funcionário fantasma nos quadros da Prefeitura de Cabedelo com salário de R$ 5 mil.

Em nota, o prefeito afirma ter conhecimento do andamento do processo contra ele e nega as acusações.

O prefeito Vitor Hugo Peixoto Castelliano, ciente do recebimento da denúncia contra si pelo juízo da 1ª vara de Cabedelo vem esclarecer o seguinte:

Os fatos em apuração são relativos ao período em que exercia o mandato de vereador;
Não tem ou teve qualquer funcionário fantasma ao longo de sua vida pública, ao contrário, sempre combateu essa prática;
Renova os votos de confiança no Poder Judiciário e a certeza de que a sua inocência será comprovada ao final do processo;
Por fim, permanece firme no seu compromisso de transformar a cidade de Cabedelo com boa gestão e muito trabalho.

MaisPB

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