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Policial

Acusada de mandar matar irmão fica calada em audiência e não confessa

Essa foi a terceira audiência de instrução do processo. A sessão anterior havia sido interrompida por causa da ausência de duas testemunhas arroladas no processo

Da Redação do Diamante Online

28/10/2017 às 12:17 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

A Justiça encerrou nesta sexta (27) a fase de instrução do processo que investiga a morte do estudante de veterinária, Marcos Antônio Nascimento Filho, assassinado a mando da irmã, Maria Celeste Medeiros, de acordo com os autos. Na audiência que durou quase sete horas, foram ouvidos 10 depoimentos, além das alegações orais dos advogados e do Ministério Público Estadual (MPPB). Seguindo orientação da defesa, a irmã do estudante e principal acusada usou o direito de permanecer em silêncio e não confessando o crime. Oito réus estão na acusação e o julgamento pode acontecer ainda este ano.

Essa foi a terceira audiência de instrução do processo. A sessão anterior havia sido interrompida por causa da ausência de duas testemunhas arroladas no processo, que acabaram sendo ouvidas nesta sexta. Com o fim das oitivas, chegou a vez dos advogados de defesa dos réus e do MPPB apresentarem suas razões, de forma oral. A defesa pediu absorção de seus clientes, enquanto o Ministério Público quer julgamento dos oito acusados, em júri popular.

"Com a instrução conclusa, o processo agora veio para minha decisão de pronúncia ou impronúncia. Tenho um prazo de 10 dias e quero despachar o quanto antes para, em caso de pronúncia, marcar o julgamento ainda para este ano", disse a juíza Francilucy Rejane de Sousa Mota, titular do 2º Tribunal do Júri, que presidiu a audiência. A magistrada não deu detalhes sobre o mérito do processo, bem como a tendência de sua futura decisão.

Marcos Antônio foi assassinado em junho de 2016, quando estava em uma padaria de propriedade da família, no bairro do Jardim Luna, na Capital, onde a irmã Maria Celeste trabalhava. De acordo com a investigação, havia um inventário de bens da família em andamento e a acusada teria interesse em herdar parte desses bens, sem dividir com o irmão. Para resolver o problema, ela decidiu encomendar a morte de Marcos.

O estudante estava sentado na frente da padaria quando dois homens chegaram fingindo ser assaltantes e simularam um roubo ao estabelecimento. Logo na entrada, renderam Marcos, o levaram para dentro da padaria e o fizeram deitar no chão. A suspeita de armação começou a ser descoberta pela polícia através das imagens das câmeras de segurança, que mostram maior atenção dos suspeitos com o estudante do que em recolher objetos ou dinheiro da padaria.

Antes de fugir, um deles se aproximou e atirou na cabeça de Marcos. Para tentar reforçar a simulação, após matar o estudante, os homens levaram a moto da vítima e o dinheiro do caixa. Semanas depois a polícia descobriu que os homens haviam sido contratados por Celeste. Ela e outros sete envolvidos foram presos e estão respondendo pelo crime.

Jornal Correio da Paraíba

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