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Policial

Polícia apreende material usado para ocultar corpo após feminicídio, na PB

Mulher foi morta pelo namorado depois de mexer no celular dele e ver contatos, segundo polícia.

Da Redação do Diamante Online

03/07/2018 às 13:38 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

A carroça de tração animal e o tonel de plástico que foram usados para transportar o corpo de Valéria Ribeiro, 31 anos, foram apreendidos pela Polícia Civil. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (2) pelo delegado de homicídios da Polícia Civil, que passou a presidir o inquérito. Segundo a investigação, Valéria foi morta asfixiada durante uma briga com namorado, depois que ela mexeu no celular dele e encontrou contatos de mulheres em uma rede social. O crime ocorreu em Patos, no Sertão.

Segundo a Polícia Civil, o namorado dela, Kelvy Ubirací Gomes de Vasconcelos, 26 anos, e o tio dele, Alan Gomes Alves, 24 anos, continuam presos no presídio Romero Nóbrega, por força de um mandado de prisão temporária, expedido pela comarca de Patos.

Até a sexta-feira (30), quando o crime foi descoberto e os suspeitos foram presos, o caso era acompanhado pelo delegado Ronis Fernandes, pois era investigado como um desaparecimento. Mas, depois da descoberta da morte, o inquérito foi para a Delegacia de Homicídios. O crime é tratado como um feminicídio.

De acordo com o delegado Diego Beltrão, nesta terça-feira (3) outras pessoas deverão ser ouvidas, para a conclusão do inquérito. A carroça e o tonel também vão ser periciados. Em depoimento, o suspeito disse que o crime ocorreu durante uma briga e que ele pediu a ajuda do tio para ocultar o cadáver. Apesar dessa informação ser a mais concreta, a Polícia Civil ainda não descarta que o suspeito tenha premeditado o crime.

Ele contou com detalhes como foi a briga. Que estava com a namorada na cozinha e a filha estava no quarto. A perícia no apartamento confirmou a presença de sangue, caracterizando a luta corporal. Ele foi indiciado pelo feminicídio e o tio dele por ocultação de cadáver, disse o delegado.

Segundo a Polícia Civil, a estratégia de usar um tonel e a carroça de tração animal para levar o corpo até o local onde foi enterrado fez com que ninguém suspeitasse do crime. O tonel que eles usaram é usado para transportar lavagem para porcos. E geralmente também é levado em carroças. As pessoas podem até ter visto a carroça passando, mas ninguém desconfiou de que teria uma corpo dentro, disse o delegado.

Entenda o caso
Valéria havia sido vista pela última vez voltando de um culto religioso na segunda-feira (25). Ela estava desaparecida e foi encontrada morta na manhã da sexta-feira (27), depois que a Polícia Civil descobriu que ela foi morta pelo namorado na terça-feira (26) de manhã. No mesmo dia do crime, o corpo dela foi colocado em um tonel de plástico e levado para zona rural em uma carroça, onde foi enterrado.

G1 PB

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