Policial
Grávida, jovem tira a própria vida. Foi a 3ª mulher suicida em Nova Olinda em 66 dias
Recentemente, um home de 52 anos tirou a própria vida em Itaporanga ao tocar fogo no quarto em que estava
Da Redação do Diamante Online
09/07/2018 às 10:58 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21
Mais uma vez, Nova Olinda vivencia o drama do suicídio. Agora foi uma jovem de 18 anos e que estava grávida. Suzana Kércia da Silva Caetano morreu por volta das 4 horas da tarde deste domingo, 8, no hospital de Piancó, 24 hora depois de envenenar-se: ele ingeriu vários compridos para pressão alta e diabetes e também um veneno conhecido como chumbinho, usado para matar rato.
A jovem, que residia com a avó no distrito de Manguenza, município de Nova Olinda, estava grávida de 5 meses de um rapaz não identificado pela família, mas a razão do suicídio pode não estar relacionada diretamente à gravidez: segundo informações do delegado José Pereira, que apura o caso, antes de tirar a própria vida, ela teria se desentendido com a avó por causa de uma viagem à cidade, mas nada de tão grave que pudesse levá-la a ato extremo contra si mesma.
Segundo o delegado, na tarde desse sábado, aproveitando que a avó, com quem foi criada, ausentou-se de casa, Suzana Kércia ingeriu os compridos da idosa e o raticida. “A queixa da família é que a equipe do SAMU socorreu a jovem ao hospital, mas não disse ao médico que ela havia ingerido chumbinho, somente os compridos, e o médico só descobriu sobre o veneno nessa madrugada, mas era tarde demais: pelos compridos, ela não morreria, mas o veneno é muito toxico e ela não resistiu”, disse o delegado, ao informar que a venda de chumbinho é proibida e sujeita o vendedor a um processo penal.
Conforme ainda José Pereira, a jovem convivia pouco com a mãe, e somente há pouco tempo teve o reconhecimento do seu pai biológico graças a um exame de DNA. A família conta que Zuzana não aparentava depressão e nas ultimas horas de vida, no leito do hospital, pediu que a avó não a deixasse morrer. Seu corpo foi encaminhado para exame necrológico em Patos. Como a gestação tinha poucos meses, não houve como salvar a criança.
Nos últimos dois anos, vários suicídios seguidos chocaram Nona Olinda, mas as autoridades permanecem omissas: falta assistência psiquiátrica e social. Somente nos últimos 66 dias, três mulheres tiraram a própria vida: Damina Isidro da Silva, de 25 anos, Eva Silvestre da Silva, de 29, e agora Suzana Kércia, que no dia 23 de março passado completou 18 anos.
O Vale é a região do estado onde mais as pessoas se matam: recentemente, um home de 52 anos tirou a própria vida em Itaporanga ao tocar fogo no quarto em que estava. Ele vivia sozinho e tinha um histórico de depressão.
Folha do Vale
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