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Policial

Exército Brasileiro investiga origem dos explosivos e arsenal apreendidos pelo GOE

A delegada afirmou que ainda serão feitas novas diligências para concluir o inquérito, cujo prazo para ser encerrado é de 10 dias.

Da Redação do Diamante Online

09/08/2018 às 12:58 | Atualizado em 17/03/2024 às 11:21

O Exército Brasileiro instaurou um procedimento administrativo para investigar a origem dos explosivos, das munições e das armas apreendidas com criminosos e apresentadas nessa terça-feira (7) pelo Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil da Paraíba. O arsenal, que inclui um fuzil americano com capacidade de destruir até uma aeronave, foi encontrado com quatro homens presos após assaltar um carro forte, na última segunda-feira, na região metropolitana de João Pessoa.

O objetivo dos militares é descobrir a origem e os possíveis responsáveis pelo extravio dos explosivos, que só podem ser usados por empresas cadastradas. Ao final das investigações, os militares irão acionar a Justiça.

Na manhã desta quarta-feira (8), o 15º Batalhão de Infantaria Motorizada, ( 15º BIMtz), instalado no bairro de Cruz das Armas, em João Pessoa, encaminhou à sede do GOE dois oficiais para iniciarem os trabalhos de análise nos explosivos. O tenente Sidney Teixeira e o sargento Geisel Carvalho são integrantes da seção de Fiscalização e de Serviços Controlados do 15º BIMtz. Eles explicaram que o material apreendido pela polícia passará por uma análise de rastreamento, com o objetivo de descobrir de qual local eles foram retirados.

De acordo com o tenente Sidney Teixeira, que é o chefe da Seção de Fiscalização e de Serviços Controlados do 15º BIMtz, o uso dos explosivos é monitorado pelo Exército e apenas empresas cadastradas e acompanhadas pelos militares são autorizadas a utilizar o material. Ele alertou que uso indevido de explosivos é crime com pena de prisão. Além de investigar os explosivos, os militares também farão uma análise nas munições e armas apreendidas.

Iremos fazer um rastreamento para descobrir a origem desse material. Toda munição possui uma numeração que indica lote e data de fabricação. Vamos entrar em contato com as fábricas para determinar a origem, afirmou o tenente Teixeira.

As apreensões ocorreram na segunda-feira (6), após quatro homens assaltarem um carro forte, na estrada que dá acesso ao município de Cruz do Espírito Santo (PB). O grupo usou explosivos para destruir um carro forte, mas não conseguiu levar o dinheiro que havia no veículo, graças a um dispositivo que protege as cédulas. Em seguida, os assaltantes roubaram um veículo e fugiram para uma granja. Como o carro possuía um rastreador, a polícia conseguiu localizar os criminosos e houve confronto. Após troca de tiros e negociação, os homens se renderam e seguem presos em penitenciária de João Pessoa.

Com os criminosos, foram encontrados pistolas, fuzis, artefatos explosivos e coletes balísticos e cerca de 1.800 munições intactas, além daquelas que foram deflagradas durante a troca de tiros com a polícia. Todos os armamentos são de fabricação estrangeira e de uso restrito das Forças Armadas. O que mais chamou a atenção dos agentes de segurança foi um fuzil de calibre 50, de fabricação americana, com alto poder de destruição. Ele tem capacidade de alcançar um alvo a 4.500 metros de distância e pode destruir a fuselagem de uma aeronave. O equipamento é considerado uma arma de guerra pelos militares. Nós iremos também analisar esse armamento, que, em hipótese alguma, pode ser usado em área urbana. É uma arma de guerra, afirmou o tenente.

A delegada do GOE, Karina Alencar, disse que os presos fazem parte de uma quadrilha que já vem sendo investigada por polícias de vários estados e Polícia Federal, por prática de roubos a carro-forte. Os presos foram identificados como Livaci Muniz da Silva ( mais conhecido como Galeguinho), de 34 anos; Romário Gomes Silveira, de 29 anos; Antonio Arcênio de Andrade Neto, de 28 anos; e Vanilson Pereira de Macedo, de 32 anos.

A delegada afirmou que ainda serão feitas novas diligências para concluir o inquérito, cujo prazo para ser encerrado é de 10 dias. Ela acrescentou que todo o material apreendido será colocado à disposição da Justiça após o término das investigações.

Secom-PB

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